Dois drones atingem a região russa de Kaluga
"A área foi isolada", disse o governador da região, Vladislav Shapsha, na aplicação de mensagens Telegram.
Dois drones caíram esta segunda-feira numa auto-estrada na região russa de Kaluga, que faz fronteira com a região de Moscovo, a norte, tendo o governador local afirmado que não houve detonação de explosivos.
"A área foi isolada", disse o governador da região, Vladislav Shapsha, na aplicação de mensagens Telegram.
Segundo a Reuters, de acordo com as informações fornecidas por Vladislav Shapsha, os drones caíram a cerca de 280 km-300 km de Moscovo.
Na região de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia, um explosivo lançado por um 'drone' caiu numa instalação de energia e provocou um incêndio, segundo o governador local, Vyacheslav Gladkov,
"A causa preliminar do incêndio é uma bomba lançada por um drone", anunciou Gladkov nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.
O ataque não provocou feridos, acrescentou.
As autoridades da região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, também denunciaram um "aumento da atividade dos 'drones' ucranianos" na última semana.
O governador de Kursk, Roman Starovoit, disse que um desses aparelhos foi intercetado no domingo, por meios de guerra radioeletrónicos russos.
Segundo Starovoit, o 'drone' pertencia ao batalhão ucraniano Azov.
O Ministério da Defesa britânico disse esta segunda-feira que a Rússia lançou mais de 300 'drones' contra a Ucrânia em maio, na utilização mais intensa deste sistema de armas desde o início da guerra.
Na avaliação dos serviços de inteligência militares britânicos, que divulgam diariamente um boletim sobre o conflito, a intenção da Rússia seria "forçar a Ucrânia a a disparar 'stocks' de valiosos e avançados mísseis de defesa aérea".
Os analistas britânicos consideram como "pouco provável que a Rússia tenha tido um êxito assinalável", porque a Ucrânia neutralizou pelo menos 90% dos ataques "recorrendo sobretudo às armas de defesa aérea mais antigas e mais baratas".
Os analistas admitiram que, com estes ataques, Moscovo "também tenha tentado localizar e atingir as forças ucranianas bem atrás da linha da frente".
"No entanto, a Rússia continua a ser muito ineficaz a atingir tais alvos dinâmicos à distância devido aos fracos processos de seleção de alvos", acrescentaram.
Com um balanço de mortos e feridos por determinar, a guerra na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais de Kiev têm fornecido armamento à Ucrânia e decretado sanções contra Moscovo para diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt