Líder russo diz que novo míssil ‘Oreshnik’ pode ser usado para atacar sedes do poder ucraniano em resposta ao uso de mísseis ocidentais.
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O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou esta quinta-feira usar o novo míssil hipersónico ‘Oreshnik’ para atacar “centros de decisão” em Kiev como retaliação pelo uso de mísseis ocidentais contra o território russo.
“Certamente iremos responder aos ataques contra o nosso território com mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente, incluindo através de novos testes do ‘Oreshnik’ em condições de combate, como já fizemos no dia 21. Neste momento, o Ministério da Defesa e o Estado-Maior estão a selecionar os alvos a atingir em território ucraniano, que podem ser instalações militares, centros industriais e de defesa, ou centros de decisão em Kiev”, disse Putin à margem de uma cimeira de ex-Repúblicas soviéticas a decorrer no Cazaquistão.
Esta foi a primeira vez em 33 meses de guerra que Putin ameaçou atacar diretamente os centros de poder na capital ucraniana, que incluem a sede da Presidência e do Governo, o Parlamento ou os ministérios, e que até agora têm sido poupados pelos bombardeamentos russos.
Putin disse ainda que não hesitará em usar “todo o armamento à sua disposição” se os aliados ocidentais de Kiev estacionarem armas nucleares na Ucrânia, como foi sugerido na semana passada. “Se o país com o qual estamos em guerra se tornar uma potência nuclear, o que podemos fazer? Obviamente que usaremos todos os meios de destruição à nossa disposição. Tudo. Nunca o permitiremos”, avisou Putin.
O Presidente russo disse ainda que a Rússia está disposta a iniciar conversações de paz “sem pré-condições” com o Governo de Kiev, mas que qualquer acordo terá de satisfazer as exigências que anunciou em junho, nomeadamente a garantia de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO e a cedência da totalidade das quatro províncias ucranianas parcialmente controladas pela Rússia.
As declarações de Putin ocorreram horas depois de mais um devastador ataque massivo contra as infraestruturas energéticas da Ucrânia, com dezenas de drones e mísseis de cruzeiro equipados com ogivas de fragmentação, que deixou às escuras mais de um milhão de pessoas, principalmente na região ocidental do país, e que o Presidente russo disse ter sido também uma resposta ao uso de mísseis ocidentais ATACMS e ‘Storm Shadow’ para atacar o território russo.
E TAMBÉM
‘Patriot’ na Polónia
A Alemanha propôs estacionar algumas das suas baterias antimíssil ‘Patriot’ na Polónia, para ajudar a proteger um importante centro logístico de distribuição da ajuda ocidental à Ucrânia, revelou esta quinta-feira o ministro alemão da Defesa, Oscar Pistorius. Os sistemas poderão estar operacionais no início do ano.
Segunda cimeira preparada
O Governo ucraniano disse esta quinta-feira que está tudo preparado para a segunda cimeira de paz, que Kiev admite contar com a participação da Rússia. “Graças ao trabalho ativo dos nossos parceiros, o roteiro conjunto para a paz está concluído e será a base para a segunda cimeira de paz”, disse fonte oficial.
“Sabotagem russa pode levar NATO a invocar o Artigo 5”
O diretor dos serviços de informações da Alemanha avisou esta semana que os ataques de sabotagem russos contra vários países europeus podem levar a NATO a invocar o Artigo 5, que assegura a defesa mútua.
“O uso extensivo de medidas híbridas pela Rússia aumenta o risco de que a NATO venha eventualmente a considerar a cláusula de defesa mútua prevista no Artigo 5”, afirmou Bruno Kahl, numa conferência do Conselho Alemão de Relações Externas.
Vários países europeus acusaram nos últimos meses a Rússia de levar a cabo atos hostis, incluindo sabotagem e outras medidas de ‘guerra híbrida’, como ataques incendiários, ciberataques, interferência nos sinais de GPS e ameaça à integridade dos cabos submarinos que ligam vários países europeus, nomeadamente na região do Báltico. Ao abrigo do Artigo 5, se um Estado-membro da NATO for atacado, os restantes países da Aliança têm a obrigação de o ajudar a defender-se.
Segundo o responsável alemão, a Rússia poderá lançar até ao final da década um ataque direto contra um ou mais países da Aliança, não para conquistar território, mas para testar as linhas vermelhas dos aliados e a disposição dos Estados-membros em aplicar o Artigo 5. “Não seria preciso enviar tanques para o Ocidente, apenas despachar ‘homenzinhos verdes’ para os países bálticos para proteger minorias russas ou para ajustar as fronteiras no arquipélago ártico de Svalbard”, afirmou Kahl, acrescentando que alguns líderes militares e políticos russos acreditam que os aliados não responderiam de forma unida a um ataque deste género, deitando por terra os pressupostos do Artigo 5.
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