Há relatos de vários casos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos.
A Amnistia Internacional (AI), que está a averiguar relatos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos, apelou esta terça-feira aos voluntários que vão buscar pessoas que fugiram da guerra para que o façam sempre com as organizações que estão no terreno.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional (AI) Portugal, afirmou que há relatos de vários casos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos, estando a AI a verificar e averiguar no terreno esta situação.
Pedro Neto sublinhou que estas pessoas que estão a sair da Ucrânia para fugir da guerra são "um ponto muito preocupante e podem potenciar o tráfico de seres humanos" devido às condições "de grande vulnerabilidade, de estarem à mercê da necessidade de ajuda e condições económicas instáveis".
Nesse sentido, a Amnistia Internacional alerta os refugiados para "terem cuidado" e apenas pediram apoio junto das agências ou Organizações não Governamentais credíveis que estejam no terreno.
"Não devem ir com ninguém para sítios isolados, muito menos entrar em carrinhas ou em outros transportes públicos em grupos pequenos e que não estejam perfeitamente por dentro e a par de quem são aquelas pessoas e de que ajuda está a ser dada", disse o diretor-executivo da AI Portugal.
A Amnistia Internacional apela também aos voluntários que estão a deslocar-se até aos países que fazem fronteira com a Ucrânia para ir buscar refugiados para o fazerem sempre em conjunto com as organizações que estão no terreno.
No caso dos portugueses, Pedro Neto disse que se devem articular com o Governo português, Alto Comissariado das Migrações, Organização Internacional para as Migrações (OIM)
"É muito importante esta onda de solidariedade, mas devemos pedir às pessoas muita coordenação. Se fizerem o transporte de refugiados que os deixem junto de autoridades, como sejam as autarquias locais", sugeriu.
Pedro Neto pediu igualmente para que se faça "uma gestão eficaz" dos locais para onde vão ser distribuídas estas pessoas, que devem ser "o mais rapidamente possível" para que fiquem integradas e "mais a salvo de se protegerem" do tráfico de seres humanos.
Como a maioria dos refugiados ucranianos são mulheres, crianças e raparigas, a AI avança que o tráfico de seres humanos "será obviamente para exploração de trabalho sexual".
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras iniciou na segunda-feira controlos móveis aleatórios na fronteira com Espanha para evitar o tráfico de pessoas em fuga da Ucrânia, após a Europol ter alertado para a possibilidade de tráfico de pessoas aproveitando a movimentação provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
O SEF vai também realizar "ações de fiscalização por todo o país com o objetivo de detetar eventuais crimes de tráfico de seres humanos e de angariação de mão-de-obra ilegal, com especial destaque para os menores não acompanhados e mulheres indocumentadas".
A Europol está a disponibilizar meios para análise de dados e uma plataforma segura para o intercâmbio de informações com os intervenientes operacionais no terreno e com outros Estados-membros.
Na semana passada, a comissária europeia dos Assuntos Internos, revelou, no Parlamento Europeu, que há relatórios sobre menores não acompanhados a passar a fronteira da Ucrânia, em risco de ser vendidos para tráfico humano.
A Organização Internacional para as Migrações anunciou hoje que o número de pessoas que fugiram da Ucrânia devido à invasão russa atingiu os três milhões, incluindo mais de 1,4 milhões de crianças.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, um ataque que foi condenado pela generalidade da comunidade internacional.
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