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Autocarro partiu de Santa Maria da Feira para resgatar 35 crianças na Polónia

Depois de mais de três mil quilómetros, o veículo chegou à capital polaca, onde o aguardava um grupo de 15 mulheres e 35 crianças .

11 de março de 2022 às 01:30

O autocarro que partiu de Santa Maria da Feira, na quarta-feira, com a missão de resgatar cinquenta refugiados ucranianos, chegou esta madrugada a Varsóvia, na Polónia. Depois de cumprir um trajeto de mais de três mil quilómetros em cerca de 36 horas, o veículo chegou à estação ferroviária da capital polaca, onde o grupo de 15 mulheres e 35 crianças aguardava há vários dias.

O início da viagem de regresso a Portugal está previsto para a tarde desta sexta-feira. A chegada a Santa Maria da Feira deverá acontecer na madrugada de domingo. A missão de resgate tem o acompanhamento permanente de uma equipa do CM/CMTV.

A iniciativa, da responsabilidade da câmara municipal, Hotel Douro Suite, Porto Editora e Medika, tem previsto, no total, o resgate de 200 ucranianos. Deste grupo, 150 são crianças e os restantes mulheres. A autarquia vai garantir o alojamento temporário dos refugiados e todo o processo burocrático de legalização.

Está previsto, também, o encaminhamento dos adultos para o mercado de trabalho. Foi já constituída uma bolsa de famílias voluntárias para acolher alguns dos ucranianos. O resgate do grupo de 200 pessoas está dividido em quatro fases e deverá estar concluído durante a próxima semana.

É uma missão dois em um. Vai levar ajuda humanitária e trazer refugiados para Portugal. A caravana partiu esta quinta-feira do quartel dos Bombeiros de Mafra e espera chegar a Zamosc, cidade polaca na fronteira com a Ucrânia, na madrugada de domingo. No total, 11 viaturas, cerca de 30 voluntários e uma viagem de 3600 quilómetros. Esperam regressar no dia 19.

Levam cinco ambulâncias, equipamento de proteção individual, bens alimentares e medicamentos. A iniciativa é da Liga dos Bombeiros Portugueses, a que se junta uma outra iniciativa da Câmara de Mafra e que visa trazer 60 refugiados. “Temos cerca de 400 ucranianos a residirem no concelho”, disse ao CM o presidente da câmara, Hélder Sousa e Silva, que acrescenta: “Os refugiados que chegarem já têm local de acolhimento, ou junto de familiares, ou em locais já definidos”. Entre os voluntários estão Hanna Shcherbakova e Mayya Oneschenko, duas ucranianas a viver em Portugal há mais de vinte anos. “Vamos para ajudar com as traduções”, explica Hanna, sem esconder a “enorme tristeza” com a guerra no seu país.

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