Governo alemão não vê qualquer problema no envio dos aparelhos de fabrico soviético para a Ucrânia.
O Governo alemão autorizou a Polónia a enviar para a Ucrânia aviões de combate de fabrico soviético procedentes dos arsenais da extinta República Democrática Alemã (RDA), noticiaram esta quinta-feira a revista Der Spiegel e o diário Süddeutsche Zeitung.
A decisão surge em resposta ao pedido de autorização efetuado pelas autoridades polacas, e o executivo de coligação de Berlim, liderado pelo chanceler Olaf Scholz, deu a sua autorização, embora ainda não a tenha confirmado de forma oficial.
Em 2002, a Alemanha vendeu à Polónia 22 aviões de combate MiG-29 procedentes da RDA, e no contrato ficou estipulado que Varsóvia deveria pedir permissão a Berlim se quisesse vendê-los ou cedê-los.
Em finais de março, Jacek Siewera, o conselheiro de segurança do Presidente polaco, Andrzej Duda, indicou que a Polónia ainda tinha uma dúzia desses aviões.
Segundo o Süddeutsche Zeitung, o Governo alemão não vê qualquer problema no envio desses aparelhos de fabrico soviético para a Ucrânia.
No entanto, com estes aviões, apenas se preenche uma lacuna nos meios aéreos ucranianos, não há um salto qualitativo, o que só aconteceria com o envio de aviões de fabrico ocidental, de acordo com fontes governamentais citadas pelo diário alemão.
Apesar de a decisão não ter ainda sido oficialmente comunicada, alguns deputados da coligação do Governo já a saudaram.
"Está certo que o Governo não tenha atrasado a decisão, mas que a tenha tomado no mesmo dia em que recebeu o pedido polaco", sustentou o especialista em Defesa do Partido Liberal (FDP), Marcus Faber, em declarações à revista semanal Der Spiegel.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que esta quinta-feira entrou no seu 414.º dia, 8.490 civis mortos e 14.244 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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