Presidente ucraniano reuniu com o primeiro-ministro eslovaco esta quinta-feira em Bruxelas.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou esta quinta-feira oficialmente à Eslováquia a entrega a Kiev dos seus aviões de combate MiG-29, de fabrico russo, de acordo com órgãos de comunicação eslovacos.
"Iniciamos uma missão de trabalho para enviar mensagens aos nossos parceiros de que é crucial ter aeronaves com padrões ocidentais e MiG [caças soviético]", salientou Zelensky em Bruxelas, após uma reunião com o primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger.
"Enviei um pedido ao primeiro-ministro [eslovaco] para nos ajudar neste caso e acredito firmemente que pode acontecer", acrescentou o Presidente ucraniano, sem dar mais detalhes.
A Eslováquia tem uma frota de 14 caças MiG-29, mas não os utiliza desde o verão passado, devido à falta de manutenção das aeronaves, trabalho levado a cabo por uma entidade russa.
"Usar os aviões colocaria em risco a vida dos pilotos", alertou recentemente o ministro da Defesa eslovaco, Jaroslav Nad.
Já Heger manifestou esta quinta-feira a sua abertura para entregar os aviões a Kiev, "no interesse da segurança europeia".
"[A Ucrânia] Não é apenas nossa vizinha, mas nossa amiga. E é do nosso interesse e do interesse da segurança europeia, ajudá-la. Vamos estudar o seu pedido, mas podem contar com a nossa ajuda", vincou o chefe do Governo eslovaco.
Caso aceda ao pedido de Kiev, Bratislava não enviaria pilotos, mas apenas os aviões.
Esta frota de caças soviéticos deveria estar operacional até 2024, quando chegarão os 14 novos caças F-16 da fabricante norte-americana Lockheed Martin.
Até lá, serão os caças Jas-39 Gripen da Força Aérea da República Checa que realizarão a monitorização do espaço aéreo da Eslováquia.
Os países ocidentais resistiram até agora fornecer meios aéreos à Ucrânia, mas França e Reino Unido não excluíram esta hipótese, que tem vindo a ser defendida por Zelensky.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, insistiu na quarta-feira à noite que "nada está excluído" em termos do fornecimento à Ucrânia de aviões de combate, mas sublinhou que a prioridade é reforçar a defesa antiaérea e mísseis de longo alcance.
Na semana passada, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, não descartou que Varsóvia possa entregar caças F-16 a Kiev "em coordenação com os países da NATO", apesar da reticência do presidente dos EUA, Joe Biden.
Outros aliados disseram estar prontos para o fazer, incluindo os Países Baixos, que começaram a substituir a sua frota de F-16 por F-35.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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