Objetivo é evitar que as eleições nos países aliados afetem o apoio à Ucrânia.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, apelou esta segunda-feira ao Ocidente para transferir para Kiev 300 mil milhões de euros de ativos russos congelados para evitar que as eleições nos países aliados afetem o apoio à Ucrânia.
O pedido surge numa altura em que Kiev, que enfrenta a invasão russa há dois anos, está preocupada com a erosão da assistência militar e financeira ocidental causada pela dissensão interna nos Estados Unidos e na União Europeia (UE).
"A ajuda dos nossos parceiros é um instrumento extremamente importante", declarou Chmygal numa conferência de imprensa em Kiev, citado pela agência francesa AFP.
"Mas precisamos de previsibilidade e de estabilidade, independentemente das condições climatéricas, das flutuações políticas e dos ciclos eleitorais que se desenrolam no mundo", afirmou.
Chmygal disse que as dezenas de eleições previstas para este ano em países aliados da Ucrânia, incluindo os Estados Unidos, o principal apoiante de Kiev, criam incerteza sobre a continuação da ajuda.
Tal situação "representa um grande 'stress' para os nossos parceiros e para nós", admitiu.
Chmygal referiu que "o confisco dos bens russos deverá tornar-se uma fonte fiável de apoio" ao Estado ucraniano e de financiamento à reconstrução da Ucrânia.
A UE conseguiu desbloquear uma ajuda de 50 mil milhões de euros no início de fevereiro, após a criação de obstáculos pela Hungria.
Um pacote de ajuda dos Estados Unidos está bloqueado há meses no Congresso pelos apoiantes de Donald Trump (republicano), apontado como favorito para as eleições presidenciais de novembro.
O pacote norte-americano ascende a 60 mil milhões de dólares (55,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual).
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, há dois anos, a União Europeia e os países do G7 congelaram cerca de 300 mil milhões de euros em ativos do Banco Central da Rússia, segundo a UE.
A transferência desses ativos para a Ucrânia está longe de estar concluída devido, segundo o Ocidente, a obstáculos jurídicos e geopolíticos.
Os europeus estão a preparar-se para transferir para Kiev os juros e os lucros gerados pelos ativos russos. A Bélgica prevê pagar 1,7 mil milhões de euros à Ucrânia este ano.
"Comparado com os 200 mil milhões de euros [de ativos russos] que estão congelados em contas na Bélgica, este é um montante insignificante", disse o primeiro-ministro ucraniano.
O confisco de todos os ativos russos congelados "interessa-nos por duas razões: uma, porque precisamos deles e outra, porque é um castigo para o agressor russo", que "tem de pagar" por ter invadido a Ucrânia, acrescentou Chmygal.
Na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, os aliados de Kiev impuseram sanções a Moscovo para diminuir a capacidade de financiamento da guerra e congelaram ativos do Estado russo no estrangeiro.
Além das sanções, os aliados ocidentais também têm fornecido armamento à Ucrânia, que lançou uma contraofensiva em junho com pouco sucesso e enfrenta atualmente uma nova ofensiva russa no leste.
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