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“Percebemos que eles disparavam para todo o lado”, conta ao CM Igor Schur, administrador de maternidade.
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Quando as tropas russas chegaram a Buzova, 32 quilómetros a ocidente de Kiev, no dia 26 de fevereiro, a maternidade Adonis estava a funcionar em pleno. Encontravam-se nesta unidade de saúde quinze grávidas, à espera de dar à luz, e sete mães com os seus bebés recém-nascidos. Nunca imaginaram, os médicos e os administradores, que uma maternidade viesse a ser alvo de algum ataque militar, mas estavam enganados. "Vimos os russos a chegar pela estrada de Lviv. Colocaram carros de combate debaixo da ponte e, no dia seguinte, começaram os bombardeamentos. Estávamos a funcionar em pleno, normalmente, mas cedo começámos a perceber que eles disparavam para todo o lado. Decidimos, então, retirar as pessoas. Quando retirávamos as parturientes, caiu um ‘rocket’ no nosso jardim, que partiu várias janelas. Colocámos uma faixa grande a dizer maternidade e conseguimos retirar as grávidas, as mães e os bebés com sucesso. Mas foi uma situação de muito stress. Ainda estava aqui o último minibus e caiu mais uma bomba. Podemos dizer que as últimas grávidas foram retiradas debaixo de uma chuva de bombas. Foi horrível,", disse ao CM Igor Schur, administrador da maternidade.
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