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NATO reconhece que Rússia está a fazer progressos na Ucrânia e pede apoio

Mark Rutte acredita que o próximo inverno poderá ser "o mais difícil" para a Ucrânia.

16 de dezembro de 2024 às 16:30

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou esta segunda-feira que a Rússia está a fazer "progressos graduais" na Ucrânia, admitindo que a situação no campo de batalha "é difícil".

"A situação nos campos de batalha na Ucrânia continua a ser difícil e a Rússia está a fazer progressos, mesmo que sejam progressos graduais, mas, ainda assim, são progressos", disse numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Montenegro, Milojko Spajic, com quem se encontrou esta segunda-feira na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

Rute acrescentou que, nas últimas semanas, assistimos a "ataques em grande escala contra a Ucrânia que mataram e aterrorizaram civis e atingiram infraestruturas críticas".

Além disso, lembrou o secretário-geral na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o próximo inverno poderá ser "o mais difícil" para a Ucrânia desde que a invasão em grande escala da Rússia começou, em 2022.

"Por isso, a Ucrânia precisa urgentemente do nosso apoio. Todos os aliados devem cumprir os compromissos assumidos na cimeira de Washington", sublinhou Rutte.

Na cimeira dos líderes da NATO realizada em Washington, em julho passado, os países aliados comprometeram-se a atribuir um total de 40 mil milhões de euros num ano para fornecer armas à Ucrânia.

Para evitar novos atrasos no envio de ajuda militar, que deixariam a Ucrânia numa situação ainda mais frágil, os aliados acordaram que a NATO assuma a direção de um centro de comando em Wiesbaden (Alemanha) para gerir também o envio de donativos internacionais de material para a Ucrânia e a coordenação das missões de formação dos seus militares.

Rutte referiu-se também esta segunda-feira ao ataque com explosivos que no final de novembro causou danos materiais no canal Ibër-Lepenci que, localizado na aldeia de Varage, município de Zubin Potok (Kosovo), faz parte de uma rede de abastecimento de água que alimenta duas centrais termoelétricas a carvão.

A explosão não fez vítimas, mas os danos materiais provocaram interrupções temporárias no fornecimento de água potável e de energia elétrica.

Para o secretário-geral da NATO, este acontecimento mostra a "fragilidade da estabilidade" nos Balcãs Ocidentais.

"Agora, é essencial que os factos sejam apurados e os responsáveis prestem contas", defendeu.

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