Querem novas sanções contra a Rússia que vão para além dos oligarcas e que atinjam financeiramente membros do governo.
A equipa do principal opositor russo, Alexei Navalny, pediu esta quinta-feira ao Congresso norte-americano novas sanções contra a Rússia que vão para além dos oligarcas e que atinjam financeiramente membros do governo, políticos de nível intermédio e figuras públicas.
Este grupo está a discutir com senadores norte-americanos uma lista de 6 mil pessoas que podem ser alvo de sanções e que incluem autoridades russas de segurança e defesa, funcionários administrativos, governadores, parlamentares e editores e gestores de 'media' alinhados com o Estado russo.
Vladimir Ashurkov, diretor executivo da Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK na sigla em russo) de Alexei Navalny, destacou que a "avalanche de sanções" que o Ocidente aplicou até agora está a surtir efeito na Rússia.
No entanto, o grupo pede que se vá mais além dos aliados ricos do Presidente russo, Vladimir Putin, e que as sanções se concentrem em figuras de nível inferior que podem ser potencialmente mais influenciadas pela pressão financeira.
"Vamos criar, ou pelo menos anunciar, a próxima ronda [de sanções]", salientou Vladimir Ashurkov em declarações aos jornalistas.
Embora as sanções não sejam a "bala de prata" que vai parar a guerra, é "um dos poucos instrumentos disponíveis para os países ocidentais afetarem o que está a acontecer", salientou.
O apelo dos membros da equipa de Navalny em Washington ocorreu ao mesmo tempo que o Senado dos Estados Unidos aprovou por larga maioria um pacote de 40.000 milhões de dólares de ajuda militar e humanitária para a Ucrânia enfrentar a guerra desencadeada pela invasão russa do seu território.
A medida de envio de ajuda naquele valor (correspondente a cerca de 37,7 mil milhões de euros), aprovada com o voto a favor de 86 senadores e 11 contra e que tinha previamente passado na Câmara dos Representantes, será em breve assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, para entrar em vigor.
No entanto, o apoio à Ucrânia começa a causar tensão no Congresso, com os republicanos a mostrarem-se cansados de aprovarem gastos de emergência que em breve vão totalizar os 53.000 milhões de dólares (cerca de 50.000 milhões de euros) desde o início da invasão.
O governo liderado por Joe Biden está a analisar os próximos passos, enquanto que, juntamente com os aliados ocidentais, procuram expandir a NATO com as entradas da Suécia e Finlândia, que formalizaram o pedido de adesão quebrando uma postura histórica de neutralidade, com receio da Rússia de Putin.
A lista de novas sanções foi uma ideia sugerida pelo próprio Alexei Navalny, que se encontra preso desde o seu regresso à Rússia em 2021, sendo considerado um dos críticos mais poderosos de Putin.
O grupo defendeu perante os congressistas norte-americanos, sobretudo os republicanos, que as sanções não têm um custo direto para o Tesouro ou contribuintes dos EUA, ao contrário do apoio militar à Ucrânia.
Apesar da sua detenção, Navalny continua "muito operacional", garantiu Anna Veduta, vice-presidente da fundação.
O líder da oposição russa divulgou no início de março que ia ser transferido para a prisão de alta segurança em Melekhovo, a 250 quilómetros de Moscovo.
Condenado em março a mais nove anos de prisão por alegada fraude, esta pena somou-se à anterior, de dois anos e meio, por alegada fraude, e foi ditada enquanto Navalny já estava na prisão, onde cumpre pena por um processo antigo que inclui uma multa de 1,2 milhão de rublos (cerca de 11.300 euros).
A vice-presidente do FBK assegurou que Navanly não irá desistir "nunca" e que é, desde o primeiro dia, um opositor à guerra.
"Ele foi uma das primeiras pessoas a dizer que: não devemos ser contra a guerra, devemos lutar contra a guerra. E ele chama nossos parceiros aqui e na Europa durante esta luta", destacou Anna Veduta.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.