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Portugal condena ataque mortal a aldeia ucraniana e pede fim urgente da agressão russa

Segundo o mais recente balanço, o ataque fez pelo menos 24 mortos.

09 de setembro de 2025 às 22:33

O Governo português condenou, esta terça-feira, o ataque aéreo russo a uma aldeia na região de Donetsk, que segundo as autoridades ucranianas matou pelo menos 24 pessoas, e insistiu que "o fim da agressão russa é urgente".

"O MNE [Ministério dos Negócios Estrangeiros] condena liminarmente o ataque aéreo russo à aldeia ucraniana de Yarova, no Donetsk, do qual resultaram duas dezenas de mortos civis", pode ler-se numa nota na rede social X.

O ministério liderado por Paulo Rangel deixou ainda "as mais sentidas condolências às famílias, ao povo ucraniano e às suas autoridades", sublinhando que "o fim da agressão russa é urgente".

A embaixada ucraniana em Portugal partilhou, na mesma rede social, a mensagem do MNE, agradecendo a solidariedade portuguesa e a condenação de "mais um ataque bárbaro da Rússia contra civis na região de Donetsk".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou, esta terça-feira, a Rússia de executar um "ataque aéreo brutalmente selvagem sobre a povoação rural de Yarova, na região de Donetsk", no leste da Ucrânia.

Segundo o mais recente balanço, o ataque fez pelo menos 24 mortos, noticiou a agência Efe.

A aldeia de Yarova está localizada a menos de dez quilómetros da linha da frente com a Rússia. Tinha uma população de cerca de 1.800 habitantes antes da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O ministro da Defesa ucraniano, Denis Shmigal, pediu, esta terça-feira, em Londres aos aliados ocidentais que enviem sistemas de defesa aérea e munições o mais rapidamente possível para conter os ataques russos ao seu sistema energético antes do inverno.

A Rússia lançou no domingo o seu maior ataque de drones de toda a guerra, utilizando 810 drones, mais de metade deles veículos de ataque não tripulados Shahed, e 13 mísseis.

Um dos mísseis atingiu a sede do governo ucraniano em Kiev, o primeiro ataque a um centro de decisão civil desta magnitude em toda a guerra.

Um dia depois, as forças russas atacaram a maior central termoelétrica da região de Kiev com 49 drones, de acordo com Shmigal, que mencionou ainda o bombardeamento russo desta terça-feira, em Yarova.

Shmigal insistiu ainda que a Ucrânia precisa de 6 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) para produzir drones, tanto intercetores para neutralizar drones russos como veículos de ataque não tripulados de curto e longo alcance.

O ministro da Defesa ucraniano alertou que a Ucrânia pode perder a sua vantagem sobre a Rússia no campo dos drones de curto alcance.

Shmigal voltou também a pedir aos seus parceiros que aloquem um total de 60 mil milhões de dólares (51,2 mil milhões de euros) em despesas de defesa para fazer face à ameaça que, segundo ele, a agressão militar russa contra o seu país representa para a Ucrânia e para o resto da Europa.

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