Roberta Metsola espera um consenso ao nível comunitário, entre os 27, para evitar "duplas abordagens".
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, defende uma interdição "o mais abrangente possível" dos vistos russos na União Europeia (UE), esperando um consenso ao nível comunitário, entre os 27, para evitar "duplas abordagens".
"Eu diria para o alargar o mais possível. Iremos discutir isto em conjunto com os presidentes dos grupos políticos na próxima semana e o primeiro-ministro da Ucrânia [Denys Shmygal] vem cá [a Bruxelas] na segunda-feira e isso estará em cima da mesa", diz Roberta Metsola.
Em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, um dia antes de iniciar uma visita oficial a Portugal, entre quinta e sexta-feira, a líder da assembleia europeia avança que esta será a posição que a instituição irá "levar ao próximo Conselho Europeu", no final de outubro.
"Apesar das posições dos Estados-membros que se mostram relutantes, isto para nós trata-se de enviar a mais forte das mensagens políticas e nós não podemos ter abordagens duplas", sublinha Roberta Metsola.
A posição surge numa altura em que os chefes de diplomacia da UE estão reunidos em Praga para, entre outras questões, discutirem medidas que podem ser adotadas para dificultar ou impedir a concessão de vistos a cidadãos russos, reclamada pela Ucrânia e por vários Estados-membros.
Na terça-feira, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, avançou que Portugal considera que, no atual contexto da agressão militar russa à Ucrânia, a UE não deve ter um acordo de facilitação de vistos com Moscovo, discordando, todavia, de uma proibição total.
"Para além de continuarmos a trabalhar na potencial reconstrução - decidir como reconstruir e para onde vai o dinheiro - e de fornecermos armas, é preciso ver onde está o nosso empurrão contra a Rússia e [...] penso que podemos ir mais longe na restrição do movimento", elenca Roberta Metsola.
Lembrando as centenas de russos que este verão, pela impossibilidade de viajar por via área para a UE, se deslocaram por via terrestre para países como a Finlândia, a presidente do Parlamento Europeu diz "compreender o apelo a uma proibição universal dos vistos".
"Não nos iludamos, a propaganda está a funcionar e penso que se pode ver que os russos escapam às sanções através das várias lacunas, pelo que devemos alargar a nossa proteção humanitária aos russos que precisam de proteção, mas, por um lado, condenar a Rússia pelo que está a fazer", adianta Roberta Metsola.
E remata: " Ao mesmo tempo, não podemos ficar felizes quando todos estes russos gastam o dinheiro na nossa economia, porque, francamente, a mensagem que estamos a enviar é uma mensagem que é duplicada".
Roberta Metsola foi eleita, em meados de janeiro passado, presidente do Parlamento Europeu na segunda metade da atual legislatura, até à constituição da nova assembleia após as eleições europeias de 2024.
Aos 43 anos, Roberta Metsola é a presidente mais jovem do Parlamento Europeu, após ter chegado a eurodeputada em 2013, pelo Partido Popular Europeu.
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