Objetivo é diminuir a escalada deste conflito com determinação, força e serenidade
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quinta-feira que "não seria do interesse do mundo" que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) entrasse na guerra da Ucrânia, pois "elevaria a escalada deste conflito", apesar dos pedidos de Zelensky.
"O que o Presidente Zelensky desejava é o que a NATO enquanto tal não pode fazer, que era que [o país] se juntasse à Ucrânia ou que admitisse neste momento a Ucrânia e entrasse no conflito, mas acho que não seria do interesse do mundo", afirmou António Costa, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, no quartel-general da NATO após a cimeira de líderes da Aliança.
Segundo o chefe de Governo português, "ninguém tem interesse em elevar a escalada deste conflito".
"E, pelo contrário, às provocações, à retórica e à sistemática tentativa de escalada que Putin tem feito, acho que as democracias devem saber responder com determinação, força e serenidade", insistiu António Costa, após os vários pedidos de apoio militar à NATO do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nomeadamente esta quinta-feira, por videoconferência, dirigindo-se aos líderes da Aliança Atlântica.
Reconhecendo que "é sempre, obviamente, muito difícil do ponto de vista emocional ter este diálogo com o Presidente Zelensky", por ser "um interlocutor que está sob fogo, que está sob ameaça de vida e que está em combate e que pede o apoio", o primeiro-ministro considerou ser preciso "compreender qual é a natureza da NATO".
"A NATO é uma aliança defensiva e dos membros que a integram e, portanto, não pode agir nem ofensivamente contra países terceiros nem fora do território", salientou, apontando que o que os membros da aliança têm feito é, "do ponto de vista bilateral, reforçar o apoio à Ucrânia, em material humanitário, militar -- quer letal, quer não letal -- e no acolhimento humanitário".
"O reforço da capacidade de dissuasão da Aliança Atlântica na sua frente leste é também uma mensagem muito clara para a Rússia, porque se [o regime russo] pretendia ver na Ucrânia um balão de ensaio para outras expansões, não é recomendável, e se pensava que com esta ofensiva dividia a União Europeia ou a NATO falhou completamente e [...] hoje estamos mais unidos do que nunca", sustentou.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje aos países membros da NATO para que prestem "assistência militar sem restrições" ao seu país, lamentando não ter recebido os meios que pediu, designadamente caças e tanques, para enfrentar o exército russo.
Zelensky insistiu que "o exército ucraniano tem resistido durante um mês em condições desiguais" e lembra que "há um mês" que tem vindo a alertar para isso, sem efeitos práticos.
Renovou assim o apelo para que os membros da Aliança disponibilizem aviões de combates e tanques, em particular para "desbloquear" Mariupol, Berdiansk ou Melitopol, cidades no sul da Ucrânia sitiadas ou ocupadas pelo exército russo.
"Têm milhares de aviões de combate, mas ainda não nos foi dado nenhum. Têm pelo menos 20.000 tanques. A Ucrânia pediu um por cento de todos os vossos tanques. Deem-nos ou vendam-nos, mas ainda não temos uma resposta clara, e a pior coisa durante uma guerra é não ter respostas claras aos pedidos de ajuda", adiantou.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,6 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
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