Nos últimos dias, Moscovo bombardeou Avdiivka com dezenas de bombas planadoras, deixando os defensores sem possibilidade de abrigo.
Moscovo reclamou esta segunda-feira ter concluído a tomada de Avdiivka, leste da Ucrânia, eliminando a última bolsa de resistência localizada numa fábrica de aquecimento de carvão (coque).
As autoridades russas anunciaram no sábado que tinham tomado o controlo de Avdiivka e as forças ucranianas confirmaram a retirada da cidade, o que constituiu uma conquista militar para o Kremlin.
De acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), esta vitória confere força à Rússia, dias antes dos dois anos da invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.
Para a Ucrânia, a derrota reforça a dependência sobre o fornecimento de armas e de munições ocidentais, uma vez que os atrasos na entrega da ajuda esperada deixaram Kiev, escreve a AP, com falta de provisões e em desvantagem militar.
Para a AP, "é provável que a Rússia continue a insistir na vantagem, sentindo que a Ucrânia está enfraquecida".
Nos últimos dias, a Rússia bombardeou Avdiivka com dezenas de bombas planadoras, deixando os defensores sem possibilidade de abrigo, disse um oficial ucraniano de alta patente envolvido na batalha.
"As posições que estávamos a manter foram simplesmente aniquiladas", disse Rodion Kudriashov, vice-comandante da 3ª Brigada de Assalto, entrevistado pela Associated Press.
As tropas ucranianas tinham "tão poucas munições que tiveram de escolher alvos", disse Kudriashov.
Em menor número e com menos armas, os militares ucranianoss recuaram para posições previamente preparadas, disse o mesmo oficial acrescentado que as forças em confronto eram desiguais.
"Se estivermos a falar de infantaria, (a diferença) é de um para sete. Se estivermos a falar de veículos militares, é de um para oito e, em termos de artilharia, é de um para onze", afirmou Kudriashov citando informações dos serviços secretos militares.
Analistas militares ocidentais, consultados pela AP, acreditam que a Ucrânia pode contrariar a tentativa da Rússia de se apoiar no sucesso de Avdiivka, tentando erguer novas linhas de defesa na região e destacando novas unidades para conter as forças do Kremlin.
Mesmo assim, a escassez de munições é uma situação que afeta as Forças Armadas ucranianas, com a Rússia a tentar explorar as circunstâncias, enquanto os Estados Unidos se esforçam por obter um acordo político para mais ajuda e a Europa tenta aumentar a produção.
O pacote de ajuda de 61 mil milhões de dólares proposto pelos Estados Unidos para a Ucrânia é encarado como "crucial" para uma vitória ucraniana.
Sem o financiamento norte-americano, é provável que a Ucrânia "comece a perder a guerra", dizem os analistas à AP.
"Os atrasos na ajuda ocidental à Ucrânia estão provavelmente a ajudar a Rússia a lançar operações ofensivas ao longo de vários setores da linha da frente, a fim de exercer pressão sobre as forças ucranianas ao longo de vários eixos", afirmou o Instituto para o Estudo da Guerra numa avaliação feita no domingo.
Além de Avdiivka, a Rússia está a exercer mais pressão na região nordeste de Kharkiv e no sul de Zaporizhia, segundo o mesmo grupo de reflexão com sede em Washington.
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