Presidente ucraniano pede à população para esperar mais um pouco antes de regressar à suas casas.
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse este sábado que as forças russas estão a recuar de forma "lenta mas visível" das regiões em redor de Kiev, mas avisou a população que ainda é perigoso regressar porque os militares russos deixaram para trás "casas e corpos armadilhados".
"É um verdadeiro desastre. Estão a minar todo o território. Estão a minar casas, equipamento, até os cadáveres das pessoas que mataram. Há muitas armadilhas e muitos perigos", avisou Zelensky num vídeo publicado às primeiras horas da madrugada deste sábado, aconselhando a população a esperar mais um pouco antes de regressar às zonas recém-libertadas pelo Exército ucraniano, que nos últimos dias retomou mais de 30 aldeias e vilas nos arredores da capital ucraniana, incluindo a estratégica cidade de Brovary, a leste da capital, e a base aérea de Gostomel, a oeste, que foi palco de intensos combates desde o primeiro dia da invasão e trocou de mãos várias vezes no último mês.
A Rússia anunciou na semana passada uma retirada parcial do Norte da Ucrânia para "criar condições de confiança" para as negociações de paz, mas as autoridades ucranianas acreditam que Moscovo está apenas a tentar reorganizar as suas forças para concentrar a ofensiva no Leste do país. "Não tenhamos ilusões: ainda nos esperam grandes batalhas no Sul, em Mariupol, e no Leste da Ucrânia", avisou o conselheiro presidencial, Oleksiy Arestovych.
Entretanto, a Cruz Vermelha Internacional realizou este sábado uma nova tentativa para retirar civis da martirizada cidade de Mariupol, depois de na véspera uma missão idêntica ter sido forçada a voltar para trás pelas tropas russas. Apesar disso, uma pequena caravana automóvel com cerca de 40 autocarros e veículos particulares conseguiu deixar a cidade na sexta-feira, trazendo cerca de dois mil civis para a cidade de Zaporizhzhia, a norte. As autoridades ucranianas calculam que mais de 150 mil civis continuem encurralados na cidade.
PORMENORES
Alerta na Transnístria
As Forças Armadas da Ucrânia alertaram que a Rússia está a concentrar tropas na Transnístria, região separatista pró-russa da Moldávia, para levar a cabo "provocações" na fronteira. O Governo moldavo diz não ter informações sobre o assunto mas garante que está a acompanhar a situação.
Vice-PM de luto
O marido da vice-primeira-ministra ucraniana, Olga Stefanyshyna, foi morto num bombardeamento das forças russas na região de Chernihiv. Bogdan Stefanyshyn estava a tentar ajudar civis a saírem da cidade.
Mísseis atingem cidades
Vários mísseis russos atingiram este sábado as cidade de Poltava e Kremenchuk, no centro da Ucrânia. Foram atingidas instalações industriais.
Região de Kiev "libertada"
A vice-ministra da Defesa de Ucrânia, Hanna Malyar, anunciou este sábado que as forças ucranianas controlam já toda a zona junto à capital. "Toda a região de Kiev foi libertada", garantiu.
Património histórico destruído
Pelo menos 53 monumentos ou locais culturais e históricos da Ucrânia foram destruídos ou danificados desde o início da invasão russa, revelou a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). De acordo com um levantamento não exaustivo realizado através da análise de fotos de satélite e testemunhos locais, a UNESCO identificou 29 locais religiosos, 16 edifícios históricos, quatro museus e quatro monumentos atingidos pelos bombardeamentos russos, incluindo o Museu Ivankiv de Kiev, as igrejas ortodoxas de Kamaianka, em Izium, e de Zadonsky, na região de Zaporizhzhia. Estes dados não incluem as cidades de Mariupol, que está completamente cercada e onde 90% dos edifícios terão sido danificados pelas bombas, e Kherson, ocupada pelas tropas russas há várias semanas. A UNESCO lembra que a Rússia é signatária da convenção da ONU sobre a proteção de bens culturais em caso de conflito.
Tropas russas travam protesto em Enerhodar
As tropas russas usaram este sábado a violência para dispersar uma manifestação pacífica na cidade ocupada de Enerhodar, no Sul da Ucrânia. Segundo fontes locais, algumas centenas de pessoas juntaram-se no centro da cidade para cantar o hino ucraniano e protestar contra a ocupação, quando chegaram várias carrinhas com militares russos, que lançaram granadas de atordoamento e fizeram várias detenções.
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