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Secretário-executivo diz que conflito no leste europeu é desafio para a CPLP

"Esses conflitos, essas tensões, representam desafios para a nossa comunidade", reconhece Zacarias da Costa.

29 de abril de 2022 às 17:54

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse esta sexta-feira que o conflito entre Rússia e Ucrânia é um "desafio" para a organização, exortando os seus membros a trabalhar em conjunto para atenuar os seus efeitos.

"Esses conflitos, essas tensões, representam desafios para a nossa comunidade", reconheceu Zacarias da Costa, que esteve em Luanda para participar na I reunião conjunta de ministros da Economia, Comércio e Finanças da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O responsável da CPLP considerou ainda que estes "não são desafios que cada um dos países enfrenta sozinho".

"Temos de dar as mãos, trabalhar como um todo e com as instituições multilaterais, por forma a podermos diminuir o impacto nas nossas economias, na vida de cada um dos países", apelou.

Sobre a reunião ministerial, afirmou ser "um marco histórico", determinante para materializar a agenda económica que tem estado em discussão e os chefes de Estado e de governo da CPLP decidiram considerar na sua anterior cimeira, realizada em julho do ano passado, em Luanda.

"Obviamente que não é matéria que possamos terminar em dois anos de mandato de uma presidência. Acredito que as próximas presidências irão dar uma atenção particular a este tema, na medida em que estamos a dar apenas os primeiros passos que incluem a aprovação de uma agenda económica estratégica e a necessidade de aprofundar aspetos desta agenda", apontou Zacarias da Costa.

Angola assumiu a presidência rotativa da organização durante a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo que decorreu entre 12 e 17 de julho de 2021 em Luanda.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.

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