Militares ucranianos retomaram a localidade de Makariv, nos arredores de Kiev, e estão a fazer avanços importantes no Sul do país.
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De Makariv a Voznozensk: Tropas ucranianas passam à ofensiva ao fim do primeiro mês de guerra
“Temos visto indicações de que as forças ucranianas estão a passar um pouco mais à ofensiva. Isso é visível em vários locais, principalmente na região de Kherson, no Sul”, confirmou esta quarta-feira o porta-voz do Pentágono, John Kirby, adiantando que as forças de Kiev “têm sido muito inteligentes e criativas” na estratégia adotada para defender as principais cidades. Já o Governo britânico diz que a ofensiva russa “está parada” e que as suas forças parecem estar a tentar reorganizar-se.O Ministério da Defesa da Ucrânia informou esta quarta-feira que as forças russas já perderam 15 600 homens desde o início da invasão, juntamente com 517 tanques e 1600 veículos blindados. A Rússia não atualiza o número de baixas desde 2 de março, quando reconheceu a morte de 480 militares em combate. PORMENORES Comandante russo morto As forças ucranianas anunciaram ontem a morte de mais de um comandante russo. Trata-se do coronel Alexei Sharov, comandante da Brigada da Ordem de Zhukov, dos Fuzileiros, que foi morto em combate na cidade de Mariupol. Otimismo ucraniano O conselheiro presidencial Oleksiy Arestovych disse ontem que acredita que a "fase ativa" da invasão esteja terminada no final de abril e afirmou que a Rússia já perdeu cerca de 40% das suas forças. Diálogo conflituoso O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse ontem que as negociações de paz com a Rússia estão a ser "conflituosas", mas "estão a avançar passo a passo". 121 crianças mortas A guerra já causou a morte de pelo menos 121 crianças, disse ontem o gabinete do procurador-geral ucraniano. Outras 167 crianças ficaram feridas. Ataques em Rivne A Rússia disse ter atacado ontem um depósito de armas e munições na região de Rivne com mísseis de longo alcance lançados de navios no Mar Negro. RÚSSIA DESTRÓI PONTE E IMPEDE FUGA DE CIVISAs forças russas destruíram a ponte que liga Chernihiv a Kiev, impedindo a fuga de cerca de 150 mil civis da primeira cidade, que está há vários dias sem água e sem eletricidade. Tomada de Mariupol é prioridadeO Ministério da Defesa do Reino Unido disse ontem que as forças russas estão a reorganizar-se para concentrarem esforços num alvo de cada vez, e Mariupol parece ser a primeira prioridade. Ministro da Defesa desaparecido há quase duas semanas O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, não há visto em público há quase duas semanas, por entre rumores de uma ‘caça às bruxas’ ordenada por Putin devido ao insucesso da invasão. Além de Shoigu, cuja ausência foi justificada por alegados "problemas cardíacos", Putin terá mostrado publicamente o seu descontentamento com o líder do FSB, Alexander Bortnikov, e o chefe do Estado-Maior, general Valery Gerasimov. Primeira deserção no Governo russoO veterano político russo Anatoly Chubais, um dos arquitetos das reformas económicas pós-soviéticas e um dos dirigentes russos há mais tempo no ativo, renunciou à sua posição no Governo em protesto com a invasão da Ucrânia e abandonou a Rússia “sem intenção de voltar”, naquela que foi a primeira deserção na esfera de poder de Putin desde o início da guerra. Chubais, de 66 anos, desempenhava desde 2020 as funções de enviado especial do Presidente russo para as relações com as organizações internacionais. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou esta quarta-feira que o economista pediu a demissão do cargo, sem adiantar mais pormenores. Duas fontes próximas citadas pela agência Reuters garantiram que Chubais abandonou o Governo em protesto contra a invasão da Ucrânia e confirmaram que deixou o país para destino desconhecido. Contactado pela mesma agência, o político desligou o telefone sem responder a qualquer pergunta. A confirmar-se a sua deserção, é o primeiro membro do círculo político mais próximo de Putin a abandonar o Governo devido à invasão da Ucrânia. Figura omnipresente nos meios políticos e empresariais russos desde o colapso da União Soviética, Chubais foi chefe de gabinete do Presidente Boris Ieltsin e pertenceu ao pequeno grupo de economistas liderado por Yegor Gaidar que liderou as reformas económicas que levaram à introdução da economia de mercado e conduziu o processo de privatizações que ajudou ao enriquecimento dos oligarcas. Foi também ele quem negociou com o FBI a ajuda económica que evitou o colapso financeiro da Rússia no final dos anos 90. Antes de ser nomeado enviado de Putin, liderou durante 12 anos a empresa estatal russa de tecnologia RUSNANO.
PORMENORES
Comandante russo morto
As forças ucranianas anunciaram ontem a morte de mais de um comandante russo. Trata-se do coronel Alexei Sharov, comandante da Brigada da Ordem de Zhukov, dos Fuzileiros, que foi morto em combate na cidade de Mariupol.
Otimismo ucraniano
O conselheiro presidencial Oleksiy Arestovych disse ontem que acredita que a "fase ativa" da invasão esteja terminada no final de abril e afirmou que a Rússia já perdeu cerca de 40% das suas forças.
Diálogo conflituoso
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse ontem que as negociações de paz com a Rússia estão a ser "conflituosas", mas "estão a avançar passo a passo".
121 crianças mortas
A guerra já causou a morte de pelo menos 121 crianças, disse ontem o gabinete do procurador-geral ucraniano. Outras 167 crianças ficaram feridas.
Ataques em Rivne
A Rússia disse ter atacado ontem um depósito de armas e munições na região de Rivne com mísseis de longo alcance lançados de navios no Mar Negro.
RÚSSIA DESTRÓI PONTE E IMPEDE FUGA DE CIVISAs forças russas destruíram a ponte que liga Chernihiv a Kiev, impedindo a fuga de cerca de 150 mil civis da primeira cidade, que está há vários dias sem água e sem eletricidade.
Tomada de Mariupol é prioridadeO Ministério da Defesa do Reino Unido disse ontem que as forças russas estão a reorganizar-se para concentrarem esforços num alvo de cada vez, e Mariupol parece ser a primeira prioridade.
Ministro da Defesa desaparecido há quase duas semanas
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, não há visto em público há quase duas semanas, por entre rumores de uma ‘caça às bruxas’ ordenada por Putin devido ao insucesso da invasão. Além de Shoigu, cuja ausência foi justificada por alegados "problemas cardíacos", Putin terá mostrado publicamente o seu descontentamento com o líder do FSB, Alexander Bortnikov, e o chefe do Estado-Maior, general Valery Gerasimov.
Primeira deserção no Governo russoO veterano político russo Anatoly Chubais, um dos arquitetos das reformas económicas pós-soviéticas e um dos dirigentes russos há mais tempo no ativo, renunciou à sua posição no Governo em protesto com a invasão da Ucrânia e abandonou a Rússia “sem intenção de voltar”, naquela que foi a primeira deserção na esfera de poder de Putin desde o início da guerra.
Chubais, de 66 anos, desempenhava desde 2020 as funções de enviado especial do Presidente russo para as relações com as organizações internacionais. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou esta quarta-feira que o economista pediu a demissão do cargo, sem adiantar mais pormenores.
Duas fontes próximas citadas pela agência Reuters garantiram que Chubais abandonou o Governo em protesto contra a invasão da Ucrânia e confirmaram que deixou o país para destino desconhecido. Contactado pela mesma agência, o político desligou o telefone sem responder a qualquer pergunta.
A confirmar-se a sua deserção, é o primeiro membro do círculo político mais próximo de Putin a abandonar o Governo devido à invasão da Ucrânia. Figura omnipresente nos meios políticos e empresariais russos desde o colapso da União Soviética, Chubais foi chefe de gabinete do Presidente Boris Ieltsin e pertenceu ao pequeno grupo de economistas liderado por Yegor Gaidar que liderou as reformas económicas que levaram à introdução da economia de mercado e conduziu o processo de privatizações que ajudou ao enriquecimento dos oligarcas. Foi também ele quem negociou com o FBI a ajuda económica que evitou o colapso financeiro da Rússia no final dos anos 90. Antes de ser nomeado enviado de Putin, liderou durante 12 anos a empresa estatal russa de tecnologia RUSNANO.
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