Comissão reitera o seu apelo à Rússia para estabelecer "imediatamente" um acesso humanitário sem obstáculos.
A União Europeia (UE) condenou este domingo, "com a maior firmeza possível", as detenções e sequestros de jornalistas, ativistas da sociedade civil, funcionários locais e outros civis na Ucrânia, por parte das tropas de ocupação russas e os seus representantes.
"A União Europeia condena com a maior firmeza possível o comportamento das tropas russas de ocupação e os seus representantes, que estão a deter, sequestrar e raptar jornalistas ucranianos, ativistas da sociedade civil, funcionários locais e outros civis nos territórios ucranianos que se encontram temporariamente sob o controlo ilegal e ilegítimo das forças armadas russas", disse Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, em comunicado.
De acordo com a agência de notícias Efe, Peter Stano insistiu que "estes preocupantes acontecimentos" tendem a afetar os voluntários que tentam ajudar as suas comunidades com alimentos, medicamentos e água, assim como jornalistas "que expõem a verdade sobre as ocorrências no terreno".
Entre os casos mais preocupantes está o de Oleg Baturin, responsável do jornal e canal de televisão Novy Den e o da jornalista Victoria Roshchyna, da plataforma Hromadske, assim como os ativistas Olha Haisumova e Serhii Tsyhipa, desaparecidos nos últimos dias e semanas, indicou o porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa.
"Os ocupantes russos continuam com a sua deplorável tática de sequestrar representantes das administrações municipais e regionais", acrescentou Peter Stano.
Enfrentam esta situação de sequestro, por exemplo, o presidente da Câmara de Dniprorudny, Yevgen Matveyev; o presidente do Conselho Distrital de Melitopol, Sergii Pryima; a presidente da autarquia de Ivankiv, Tetiana Svyrydenko; o chefe ajunto da administração civil-militar de Shchastia Volodímir Tiurin; o secretário da Câmara Municipal de Skadovsk Yuriy Paliukh; e o membro da equipa de resposta a emergências Oleksii Danchenko.
"A lista de cidadãos ucranianos detidos ilegalmente é muito maior e cresce a cada dia", reforçou o porta-voz.
Por outro lado, Peter Stano assegurou que a UE "toma nota" da libertação do presidente da Câmara de Melitopol, Iván Fedorov, anteriormente sequestrado, e do presidente do município de Velykoburlutska, Viktor Tereshchenko, e exigiu a "imediata libertação de todos os cidadãos ucranianos detidos ilegalmente pelas forças russas de ocupação".
O porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa lembrou que, de acordo com a decisão do Tribunal Internacional de Justiça, de 16 de março, a Rússia "tem de cessar a sua ação militar e retirar todas as forças e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia, de forma imediata e incondicional".
O responsável frisou que a UE reitera o seu apelo à Rússia para estabelecer "imediatamente" um acesso humanitário sem obstáculos na Ucrânia.
Segundo o mais recente relatório do Instituto Internacional de Imprensa (IPI - International Press Institute, em inglês), divulgado na quinta-feira, sobre os ataques a jornalistas e restrições à liberdade de imprensa relacionados com o conflito na Ucrânia, foram registados até agora 216 alertas diferentes, incluindo quatro assassinatos de jornalistas na Ucrânia e dezenas de ataques graves a jornalistas que reportavam no local.
Os dados do IPI também incluem 46 casos de detenção de jornalistas na Rússia por cobrirem as manifestações contra a guerra na Ucrânia e 85 casos de censura estatal russa, incluindo proibições de publicação e bloqueios de 'sites'.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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