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Zelensky diz que Rússia "não deve ser recompensada" pela guerra

Presidente ucraniano recusa ceder território e diz que concessões "não persuadem um assassino".

12 de agosto de 2025 às 01:30

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, insistiu esta segunda-feira que a Rússia "não deve ser recompensada" pela guerra, apelando ao presidente norte-americano, Donald Trump, para resistir às exigências de Vladimir Putin na cimeira da próxima sexta-feira, no Alasca.

A Ucrânia teme que a reunião, sem a participação de Zelensky, possa resultar num acordo que a obrigue a ceder partes do seu território à Rússia, opção que o presidente ucraniano rejeita terminantemente. "A Rússia recusa parar de matar e, por isso, não deve receber qualquer recompensa ou benefício. Isto não é apenas uma questão moral, é uma questão racional", afirmou Zelensky, acrescentando que eventuais concessões territoriais por parte de Kiev "não persuadirão um assassino".

Não se sabe ao certo o que Trump e Putin irão discutir na sexta-feira. A Casa Branca diz que a cimeira servirá para avaliar até que ponto é que o líder russo estará disposto a fazer concessões em troca da paz, mas vários jornais norte-americanos avançaram nos últimos dias que em cima da mesa poderá estar um acordo que envolva a cedência de território ucraniano à Rússia em troca da paz.

A Europa já avisou que nenhum acordo poderá ser negociado nas costas da Ucrânia, e tem insistido junto dos EUA que Zelensky deverá estar presente na cimeira. Os aliados europeus de Kiev pretendem ainda falar com Trump antes do encontro para sublinhar as 'linhas vermelhas' da Europa, uma vez que não é apenas a segurança da Ucrânia que está em jogo, mas de todo o continente europeu. "Deve ficar bastante claro para a Rússia que não pode alterar as fronteiras de outros países com total impunidade", avisou o PM polaco, Donald Tusk.

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