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Artigo exclusivo

Recebemos um homem bom

Fintou os discursos escritos, preferindo o improviso.

08 de agosto de 2023 às 00:30

Presumo que aquilo que Francisco tem de diferente dos antecessores não está necessariamente na forma como fintou os discursos escritos, preferindo o improviso, como beijou e abençoou crianças, nem as vezes em que apelou à inclusão de todos ou sequer quando disse - e que bonito foi! - que “a única situação em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para ajudá-la a levantar-se”. O que o Papa argentino tem de diferente ficou antes expresso no singelo momento em que aceitou e sequioso sorveu, sem sombra de dúvida, o mate, uma infusão tradicional da sua terra, oferecido por um absoluto desconhecido que interrompeu o cortejo que subia o Parque Eduardo VII. Lisboa recebeu um homem bom e esse homem bom retribuiu como pode, elogiando a forma como foram organizadas as Jornadas e a maneira discreta como os portugueses investigam os abusos sexuais dentro da Igreja que representa. Os portugueses vivem num país pacífico com um bom clima e têm normalmente muito jeito para encantar estrangeiros e organizar eventos, sobretudo quando são financiados pelo Estado. É a nossa sina.

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