Candidato independente à Câmara do Porto acusou o candidato de PSD de defender um regresso ao passado para agradar o líder.
O candidato independente à Câmara do Porto Rui Moreira disse este domingo que, se for reeleito, não haverá circuito da Boavista "por ser caro demais", acusando o candidato de PSD de defender um regresso ao passado para agradar o líder.
"São opções. São opções legítimas e é isso que os portuenses têm de escolher. O Rui Moreira não os vai enganar. Eu podia dizer que vou avaliar se vou fazer o grande prémio. Não, não vou. Não vou fazer o grande prémio. Se for eleito não vou fazer porque é caro demais", garantiu quando confrontado com a intenção do candidato do PSD à Câmara do Porto de retomar a prova.
Vladimiro Feliz afirmou este domingo querer o regresso do Circuito da Boavista à cidade, tendo por base "um novo modelo", com corridas sustentáveis, "emissões de carbono zero" e "livre de plástico".
Para Moreira, que se recandidata a um terceiro mandato nas eleições de 26 de setembro, a cidade não pode estar a reboque dos gostos pessoais dos autarcas, sobretudo quando tem um custo para a cidade.
"Eu gosto muito por exemplo de vela, mas eu não vou prometer trazer uma regata de 'tall ships' por obsessão pessoal, sabendo que isso tem um custo que a cidade provavelmente não pode pagar e se calhar já não precisa", observou, reiterando que, na sua opinião, o custo não justifica o regresso do Circuito da Boavista.
Reconhecendo que a prova possa ter sido importante à data, o autarca considera que a visão do candidato do PSD à autarquia portuense, Vladimiro Feliz, de fazer regressar Circuito da Boavista é uma tentativa de "voltar para trás" para "agradar" ao presidente do PSD, com quem fez equipa durante a presidência de Rui Rio na Câmara do Porto.
"Acredito que neste caso é claramente a tentativa de agradar a uma visão da cidade que já não é a visão contemporânea da cidade", disse.
Rui Moreira visitou este domingo o Parque Oriental, que, em 2019, viu a sua área ser duplicada, tendo sido acompanhado, entre outros, por Francisco Ramos, presidente da Associação Cívica do autarca - Porto, o Nosso Movimento - e Sérgio Vieira, que lideraram a concelhia do PSD no tempo de Rui Rio.
Aos jornalistas, Sérgio Vieira lamentou que o PSD não tenha apresentado no Porto uma candidatura com a mesma dimensão daquela que apresentou em Lisboa, nem tenha demonstrado "o mesmo respeito pelo Porto que demonstrou por Lisboa".
"Em Lisboa há candidatura do PSD que está a disputar eleições que pode ganhar a câmara, é um candidato com uma enorme dignidade e aqui no Porto o PSD quis somente marcar presença para ter um quadrado no boletim de voto", afirmou.
Questionado sobre se partilhava a opinião de Sérgio Vieira, Rui Moreira escusou "por questões de 'fair-play' a tecer qualquer comentário, mas sublinhou estar empenhado na conquista de uma maioria reforçada, onde se inclui a conquista da Junta de Freguesia de Paranhos.
"É absolutamente crucial termos uma maioria reforçada, uma maioria absoluta, e conquistar a freguesia de Paranhos. E digo isto não só por aquilo que é a convicção formada nos últimos oito anos, mas pelo posicionamento das várias forças políticas que todas elas dizem que não estão interessadas em soluções de governação conjunta", observou.
Questionado sobre o investimento em freguesia de Campanhã, onde se situa o Parque Oriental, Moreira admitiu que não será possível concluir em quatro anos o que é necessário para reabilitar aquela freguesia, contudo, considerou, que o que foi feito nos últimos oito anos, e o que será feito nos próximos quatro - principalmente com a conclusão do Matadouro - vai transformar Campanhã.
Concorrem à Câmara do Porto, Rui Moreira (movimento independente "Rui Moreira: Aqui há Porto" -- apoiado por apoiado por IL, CDS, Nós Cidadãos, MAIS -, Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre).
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