Líder socialista foi aclamado por centenas de simpatizantes, numa arruada que decorreu na Afurada.
O líder socialista afirmou esta terça-feira que, nos próximos quatros anos, o PS tem "muito mais para fazer", comprometendo-se a transferir as competências de concessão fluvial que liga a Afurada ao Porto para a Câmara de Vila de Nova de Gaia.
Numa arruada que decorreu na Afurada, em Vila Nova do Gaia, António Costa foi aclamado por centenas de simpatizantes, tendo dançado o 'vira', ouvido quadras populares e, sobretudo, recebido muitas promessas de votos.
Distribuindo rosas, António Costa entrou no mercado da freguesia piscatória acompanhado pelo presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e pelo presidente da Federação do Porto do PS, Manuel Pizarro, tendo, face aos gritos e clamores de pessoas que afirmavam que a vitória do PS "está no papo", apelado sucessivamente ao voto nas eleições legislativas.
Rodeado por um forte dispositivo de segurança, e sem qualquer respeito pelo distanciamento social -- à porta de um restaurante, uma senhora criticou o também primeiro-ministro, perguntando-lhe se "já não há covid?", com Costa a responder "há, há" -- o líder socialista subiu ao primeiro andar de um restaurante na rua 27 de fevereiro, onde acenou aos simpatizantes que agitavam bandeiras e cantavam "O povo vai votar e o PS vai ganhar".
Depois de ter recebido o pedido de uma mulher para que não se "esqueça dos pescadores", que é um "povo muito importante", António Costa foi mais à frente confrontado por uma senhora com o fim da carreira que fazia a travessia fluvial entre o Porto e a Afurada.
"Sou nascida e criada aqui na Afurada. Que eu me lembre, toda a vida tivemos passagem da Afurada para lá. Há três anos que não temos transporte para o Porto nem para a Afurada. Se ganhar, lute por nós, pelos barcos, porque o meu marido e muitos pescadores deixaram de ir para o mar, para Matosinhos, por não terem embarcação para seguir, e eu deixei de trabalhar por não ter embarcação, por não ter barco, porque eu ia no barco das seis da manhã. Lute por nós", apelou uma senhora.
No fim da rua, depois de ter sido acompanhado em parte do trajeto pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, António Costa subiu a um palanque, onde referiu que, cada vez que visita a Afurada -- a última vez tinha sido na campanha para as eleições legislativas de 2015 -- tem sempre uma "fonte de energia".
"Quero agradecer-vos o vosso apoio, mas quero agradecer também aquilo que nos dizem: as palavras de alento, mas também as chamadas de atenção para aquilo que falta fazer e que é necessário continuar a fazer. O nosso lema é mesmo esse: continuar a avançar, porque sabemos que já fizemos muito nestes seis anos, mas temos muito mais para fazer nos quatro anos que vêm a seguir", frisou.
O secretário-geral do PS abordou o fim da carreira fluvial, sublinhando que "tomou boa nota" do facto de a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) ter deixado "caducar a concessão da travessia do barco", comprometendo-se a "encarar e resolver esse problema".
"E vamos resolver esse problema da melhor forma que ele pode ser resolvido, que é tirar essa competência à APDL e entregar essa competência à Câmara Municipal de Gaia. (...) Como já mostrámos, confiar nas câmaras, confiar nas freguesias, vale a pena, porque quem está próximo resolve melhor os problemas do que quem está longe, e não há nenhuma razão para que esta pequena ligação entre as duas margens do Douro tenha que ser decidida em Leixões e não possa ser decidida aqui", frisou.
Intervindo antes de António Costa, Manuel Pizarro abordou a reforma da justiça que o líder do PSD quer implementar, criticando Rui Rio por ter afirmado que o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, devia abster-se de concorrer às eleições autárquicas por ser arguido no caso Selminho, mas tendo escolhido o secretário-geral do PSD, José Silvano, como candidato às eleições legislativas apesar de o Ministério Público ter pedido a sua condenação.
"Então, afinal, que reforma da justiça quer o doutor Rui Rio? Uma reforma para acusar os seus adversários e para salvar os seus amigos? Nisso é que nós não vamos, nisso é que nós não vamos!", exclamou.
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