Corrida contra o tempo no meio dos escombros do sismo no México
Morreram mais de 200 pessoas. Dezenas de crianças soterradas em escola.
Milhares de bombeiros, militares e populares lutavam ontem contra o tempo para tentar encontrar sobreviventes entre os escombros dos edifícios derrubados pelo forte sismo de 7,1 graus que na terça-feira abalou o centro do México, fazendo mais de 200 mortos. Uma das situações mais dramáticas ocorreu numa escola na zona sul da capital mexicana, onde dezenas de crianças e professores foram sepultadas pelos escombros.
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Um balanço provisório avançado ontem à tarde pelas autoridades mexicanas apontava para 225 mortos, a maioria na capital, Cidade do México. Entre eles estão 37 pessoas - 32 crianças e cinco adultos - que perderam a vida no colapso da escola Enrique Rebsamen, que rapidamente se tornou o símbolo da tragédia.
Mais de 30 crianças entre os 3 e os 14 anos continuavam ontem à noite presas sob os escombros, desconhecendo-se se estavam mortas ou vidas. Durante a manhã, as equipas de resgate conseguiram encontrar três crianças com vida e contactar por telemóvel outras duas e um professor presos nos destroços. "Já tiraram várias crianças, mas continuo sem notícias da minha filha", dizia, em lágrimas, a uma mãe desesperada.
O sismo, que teve o seu epicentro na localidade de Atecingo, no vizinho estado de Puebla, derrubou centenas de edifícios e deixou sem eletricidade grande parte dos 20 milhões de habitantes da Cidade do México.
PORMENORES
Sem vítimas portuguesas
O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, confirmou à Lusa que até ontem não havia registo de vítimas portuguesas. Contudo, o governante afirmou que ainda era muito prematuro fazer uma avaliação conclusiva.
AR faz minuto de silêncio
A Assembleia da República fez ontem um minuto de silêncio. O Parlamento português manifestou às famílias e amigos das vítimas as suas condolências e transmitiu às autoridades mexicanas a sua total solidariedade.
UE disponibiliza ajuda
A UE manifestou a sua solidariedade e disponibilizou-se para ajudar o México, colocando em alerta os meios disponíveis para prestar auxílio de urgência. O Centro Europeu de Coordenação de Resposta a Emergências está a acompanhar na situação.
‘Maria’ assola Porto Rico com ventos de 220 km/hDepois de arrasar Dominica e Guadalupe, o furacão ‘Maria’ abateu-se ontem com toda a fúria sobre Porto Rico, causando forte destruição e deixando 90 por cento da população sem eletricidade. A tempestade tocou terra junto à localidade de Yabucoa, no sudeste de Porto Rico, como furacão de nível quatro, o segundo mais forte na Escala de Saffir-Simpson, trazendo consigo chuvas diluvianas e ventos de velocidade superior a 220 km/h.
Cidades costeiras reportaram inundações de vários metros devido à força das ondas e por toda a ilha havia relatos de telhados arrancados, árvores caídas e estradas cortadas. Milhares de pessoas abandonaram as zonas costeiras antes da chegada do furacão, o pior a atingir Porto Rico nos últimos 85 anos.
Antes de atingir aquele território norte-americano, o ‘Maria’ já tinha devastado terça-feira as ilhas de Dominica e Guadalupe, causando um total de nove mortos. St. Croix, nas Ilhas Virgens Americanas, foi também fortemente afetada, com relatos de danos em 70 por cento dos edifícios.
O furacão estava ontem a noroeste da República Dominicana e dirigia-se para Norte, prevendo-se que passasse ao largo dos EUA.
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