Vídeos mostram pânico da população. Presidente Peña Nieto ativa plano de emergência.
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Sismo de magnitude 7.1 no México faz mais de 200 mortos
Adicionando um toque amargo e surreal, o terramoto de magnitude 7,1 de terça-feira ocorreu no 32.º aniversário do sismo que matou milhares de pessoas e chegou apenas duas horas depois dos simulacros de abalos realizados em todo o México para assinalar a data.
Me quede sin palabras al ver este video del sismo en la Ciudad de México #sismocdmx - Que tristeza de verdad! pic.twitter.com/Th7e0QzzHD
Um dos esforços de resgate mais desesperados foi numa escola primária e secundária no sul da Cidade do México, onde uma ala do edifício de três andares colapsou. Os jornalistas ainda viram os socorristas tirar alguns pequenos corpos dos escombros.
O Departamento de Educação federal revelou no final da noite de terça-feira que 25 corpos foram retirados dos destroços da escola. Não ficou claro se as mortes foram incluídas no número total de mortes relatadas pela agência federal de defesa civil.
Durante uma visita ao local no início da noite, o presidente Enrique Peña Nieto disse que 22 corpos tinham sido retirados e as autoridades falaram de 30 crianças e oito adultos desaparecidos.
Uma mistura de voluntários do bairro, policiais e bombeiros usavam cachorros treinados e as mãos nuas para procurar nos escombros da escola. Uma multidão de pais ansiosos aguardava fora dos portões e houve relatos de que pelo menos duas famílias receberam mensagens de Whatsapp de meninas presas no interior, mas tal não foi confirmado.
O esforço de resgate continuou durante a noite, com o trabalho pontuado por gritos de "silêncio", para que as equipas pudessem escutar quaisquer pedidos de ajuda.
"Eles ouviram vozes ali", disse Peña Nieto.
Os socorristas tiveram que reforçar as lajes de cimento caídas com vigas de madeira para que não caíssem mais e acabassem com os pequenos espaços de ar que restavam.
The children's center.
Earthquake / quake. Mexico City. Today: Sept 19, 2017, 09/19/2017.pic.twitter.com/wIZ87rQL8b"
Numa uma mensagem de vídeo divulgada no final do dia de terça-feira, Peña Nieto Pediu à população para permanecer calma, acrescentando que as autoridades estavam a fazer tudo para fazer chegar ajuda a todos, pois 40% da Cidade do México e 60% do estado próximo de Morelos estavam sem energia.
Mas, disse, "a prioridade agora é continuar a resgatar pessoas presas nos escombros e prestar ajuda médica aos feridos".
As pessoas na zona central do México já se reuniram para ajudar os vizinhos, pois dezenas de edifícios caíram e se transformaram em montes de escombros.
O prefeito da Cidade do México, Miguel Angel Mancera, disse que caíram edifícios em 44 locais na capital, enquanto outros altos prédios da cidade balançavam, ao mesmo tempo que centenas de milhares de pessoas em pânico saíram para as ruas, bloqueando o trânsito.
Coberto de poeira e exausto de cavar, Carlos Mendoza, 30 anos, disse que, num período de três horas de buscas, duas pessoas foram puxadas vivas das ruínas de um edifício de apartamentos em colapso no bairro de Roma Sur.
A alguns prédios de distância, Alma Gonzalez estava no seu apartamento do quarto andar quando o tremor de terra fez colapsar o piso térreo do edifício, deixando-a sem saída. Alma descreveu depois os momentos seguintes, em que vizinhos montaram uma escada no telhado e a ajudaram a escorregar por uma janela lateral.
Ela disse que estava aterrorizada até que as pessoas que moravam na casa vizinha montassem uma escada no telhado e a ajudassem a escorregar uma janela lateral.
Edificios colapsados luego del sismo de 6,8 en México.#EUXela. pic.twitter.com/3iftBRSmr9
A agência nacional de defesa civil informou no início do dia de hoje que o número de mortos confirmados havia subido para 248, mais da metade na capital.
Na sua conta oficial do Twitter, o chefe da agência, Luis Felipe Puente, informou que 117 mortos foram confirmados na Cidade do México e 72 no estado de Morelos, que fica a sul da capital. Acrescentou que 43 mortos foram registados no estado de Puebla. Doze outras vítimas mortais foram registadas no estado do México, que rodeia a Cidade do México e três no estado de Guerrero.
O epicentro do sismo, que ocorreu na terça-feira às 13h14 (19h14 em Lisboa), foi registado na fronteira do estado de Puebla e Morelos (centro), a 51 quilómetros de profundidade, segundo o centro geológico norte-americano USGS.
O terramoto ocorreu depois de na semana passada (07 de setembro) um sismo de magnitude 8,2 -- o mais forte desde 1932 --, ter causado 98 mortos no sul do país: 78 em Oaxaca, 16 em Chiapas e quatro em Tabasco.
O abalo de terça-feira, que causou o pânico na população, coincidiu com o 32.º aniversário do forte sismo que provocou milhares de mortos em 1985 e foi registado apenas duas horas depois de um simulacro de terramoto em todo o país.
Trump oferece ajuda ao MéxicoO Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou esta terça-feira apoio aos mexicanos afetados pelo sismo de magnitude 7,1 registado hoje em vários Estados do México.
"Deus abençoe o povo da Cidade do México. Estamos com vocês e estaremos aí por vocês", escreveu Donald Trump na rede social Twitter.
Donald Trump tinha sido criticado por ter demorado seis dias a manifestar condolências ao Governo mexicano pelo sismo de magnitude 8,2 na escala de Richter que abalou o México no passado dia 7, e que fez quase uma centena de vítimas mortais.
Guterres diz que ONU está pronta para ajudar
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou tristeza pela perda de vidas e prejuízos causados pelo sismo que na terça-feira atingiu vários estados no México, e manifestou a prontidão das Nações Unidas para ajudar.
"O desastre de hoje [terça-feira] acontece duas semanas depois de o país ter sofrido um forte sismo, o qual já tinha resultado em significativa perda de vidas e sofrimento", de acordo com um comunicado divulgado pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.
O secretário-geral da ONU estendeu as suas condolências ao governo e ao povo do México e desejou a todos os feridos uma rápida recuperação. Também enalteceu o governo e a sociedade civil pela sua rápida resposta.
Presidente Peña Nieto ativa plano de emergênciaO presidente do México, Enrique Peña Nieto, ativou o plano de emergência do país, designado "PlanMX", por causa do sismo de magnitude 7,1 registado hoje no Estado central de Morelos.
Na rede social Twitter, Enrique Peña Nieto revelou ainda que convocou o Comité Nacional de Emergências, para coordenar todas as ações de ajuda, e que todos os hospitais que ficaram danificados com o sismo estão a ser evacuados.
O "PlanMX" permite que as autoridades acelerem a resposta de emergência em situações de maior gravidade.
Governo português apresentou condolências ao Presidente mexicano O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta terça-feira que o Governo português já enviou as suas condolências ao Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, pela ocorrência de mais um sismo no país.
"Já apresentámos as nossas condolências ao povo mexicano e ao Presidente da República Federativa do México por mais esta catástrofe natural. Estamos perante uma catástrofe natural que entristece todos", declarou António Costa, no final de uma reunião de chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Nova Iorque, na sede da missão do Brasil nas Nações Unidas.
Obama envia mensagem de condolências em espanhol
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama enviou uma mensagem de condolências para o México, em espanhol, pelo terramoto que abalou hoje o centro do país e que causou pelo menos mais de uma centena de mortos.
"Tenham muito cuidado e um abraço forte para todos", escreveu Obama, em espanhol, numa mensagem publicada na rede Twitter.
Thinking about our neighbors in Mexico and all our Mexican-American friends tonight. Cuidense mucho y un fuerte abrazo para todos.
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