"Acredito que fez mal à Maddie": Casal amigo de Brückner volta a ser interrogado pela polícia britânica em Portugal
Para Elke Piro, Brückner estava à procura de dinheiro e bens da família McCann quando foi surpreendido pela menina a dormir no apartamento em 2007.
Os detetives da Polícia Metropolitana Britânica, responsáveis pela investigação do desaparecimento de Madeleine McCann, regressaram a Portugal para interrogarem dois ex-amigos de Christian Brückner, o principal suspeito do desaparecimento da vítima.
Segundo o jornal de The Sun, o casal, Elke Piro e Bernhard Piro, acolheu Christian meses antes da menina de três anos ter desaparecido do apartamento de férias onde estava a pernoitar com a família, no Algarve, em 2007.
"A polícia britânica entrevistou-nos há alguns dias, mas estou triste porque não consegui dizer nada que já não tivesse dito antes", admitiu a mulher de 69 anos. Ainda assim, deixou claro a sua vontade em que Christian volte a julgamento no Reino Unido sobre a tragédia que abalou o Algarve e que continua sem respostas.
"É frustrante porque conheci o Christian ao longo de muitos anos e acredito que fez algo de mal à Maddie", assumiu ao jornal.
Para a mulher, Brückner estava à procura de dinheiro e bens da família McCan quando foi surpreendido pela menina a dormir. "Acho que a levou e fez algo terrível depois de entrar em pânico", disse.
"Não foi muito divulgado, mas era um alcoólico terrível e tinha ataques de raiva depois de beber uma cerveja". Ainda assim, destacavam-se duas personalidades: "gentil ou louco e furioso por sexo quando bebia".
Já Bernhard Piro, de 72 anos, admitiu às autoridades o arrependimento que sente de ter hospedado "um sociopata clássico".
A entrevista a Elke demorou cerca de três horas, já a do seu companheiro demorou menos e ocorreu numa esquadra de Faro. Segundo o jornal, o interrogatório foi guiada pelos detetives britânicos, uma vez que as autoridades alemãs não conseguiram avançar na investigação.
Possibilidade de extradição para o Reino Unido
O chefe da Polícia Metropolitana, Mar Rowley, chegou já a admitir a possibilidade de extradição do suspeito se fossem descobertos novos avanços na investigação.
"Brückner continua a ser um suspeito para nós. Os alemães fizeram tudo o que podiam dentro da lei", afirmou.
Recorde-se que o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine foi libertado esta quarta-feira, no dia 17 de setembro, após ter cumprido sete anos de prisão por violar um idosa no Algarve. O suspeito vai ser vigiado permanentemente através de uma pulseira eletrónica e vai ficar sem passaporte.
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