Aeronave da Guarda Costeira não foi autorizada a descolar antes da colisão com avião que se incendiou no Japão
Acidente vitimou cinco membros da Guarda Costeira.
O Airbus A350 da Japan Airlines que se incendiou na terça-feira em Tóquio recebeu permissão para aterrar, mas a aeronave onde seguiam os cinco membros da Guarda Costeira que morreram não foi autorizada a descolar. São estas as conclusões das autoridades japonesas sobre o acidente, com base nas transcrições da torre de controlo do aeroporto de Haneda, segundo avançou esta quarta-feira a agência Reuters
A colisão provocou a morte de cinco dos seis membros da Guarda Costeira a bordo da aeronave. O comandante, o único sobrevivente, sofreu ferimentos graves. Já o Airbus A350 incendiou-se e acabou consumido pelas chamas. A bordo seguiam 379 pessoas, todas retiradas em segurança.
Em declarações aos jornalistas, um funcionário do departamento de aviação civil japonês confirmou que a aeronave da Guarda Costeira recebeu instruções para não levantar voo e permanecer num local próximo da pista.
De acordo com especialistas, a maioria dos acidentes deriva da conjugação de mais do que um fator. Em dezembro, a indústria da aviação conheceu novos avisos sobre a segurança nas pistas. Em causa estão preocupações com lacunas na tecnologia de alerta.
Um grupo com sede nos Estados Unidos pediu uma ação global para evitar um aumento deste tipo de acidentes. "As consequências potenciais são desastrosas", sublinhou o CEO da Flight Safety Foundation, Hassan Shahidi, através de um comunicado.O governo do Japão informou do cancelamento de 137 voos domésticos e quatro voos internacionais devido ao acidente. Na terça-feira, o Ministério do Território, das Infraestruturas e dos Transportes anunciou a abertura de um inquérito para determinar as causas do acidente.
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