Afinal, quem é o "paciente zero" de Itália?
Autoridades italianas tentam descobrir a origem do surto no país, que já é o segundo mais afetado a nível mundial.
Itália é já o segundo país do Mundo com mais casos de infetados por coronavírus. Apenas antecidido pelo China, onde a pandemia teve origem, o país europeu tornou-se num dos maiores focos descontrolados da doença, o que já obrigou à realização de uma quarentena nacional, encerramento de espaços públicos, de lojas, restaurantes e bares. No total, Itália contabiliza 1016 mortes e 15 113 casos. Mas afinal, quem foi o paciente zero que trouxe esta pandemia à Europa?
As autoridades italianas têm reunido esforços para encontrar aquele que terá sido o primeiro paciente no País, responsável pelas seguintes cadeias de transmissão. São várias as teorias acerca desta questão, mas uma das mais fortes aponta para um cidadão chinês da província de Wuhan, que no início do ano se deslocou à região italiana de Lombardia para realizar uma cirurgia.
Durante o processo, o doente - que apresentava queixas de sintomas que foram desvalorizadas - terá contagiado o médico cirurgião que o operou. Passado uma semana, o profissional de saúde foi internado com uma pneumonia considerada muito grave, tendo inclusive de ser submetido a entubação. Durante esse período, vários outros médicos e pacientes contraíram o vírus, uma vez que se desconhecia a existência de Covid-19 dentro da unidade hospitalar.
Uma outra equipa de investigação acredita, por sua vez, que a epidemia chegou a Itália, não diretamente da China mas sim da Alemanha. O caso remonta a uma pessoa infetada em Munique, que chegou a Itália, entre 19 e 22 de janeiro. O paciente terá contraído o vírus após ter estado em contacto com alguém que tinha estado na cidade de Xangai. Mais tarde visitou a Itália, sem sintomas e sem saber que era portador do coronavírus.
A ser verdade alguma destas teorias, estima-se que o surto em Itália terá começado muito antes de o primeiro paciente ter sido diagnosticado, em finais de fevereiro, na cidade Codogno, na Lombardia. Inicialmente acreditava-se que o paciente tinha sido contagiado por um colega que tinha estado de viagem na China. No entanto, este testou negativo, pelo que a hipótese foi rapidamente descartada.
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