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Sintomas, medidas de proteção e teorias de transmissão: tudo o que se sabe sobre o vírus mortal

Descubra quais são as zonas do mundo afetadas pelo vírus mortal.

31 de janeiro de 2020 às 18:49

Os Coronavírus são uma família de vírus que podem dar origem a doenças nos seres humanos. O vírus mortal foi identificado a 7 de janeiro de 2020 na China, depois de, a 31 de dezembro de 2019, terem sido reportadas à Organização Mundial da Saúde vários casos de pneumonia de causa desconhecida em trabalhadores e pessoas que frequentavam o Mercado de Peixe, Mariscos Vivos e Aves na cidade de Wuhan, província de Hubei.

Até ao momento já morreram 304 pessoas o que fez a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarar Emergência Internacional de Saúde Pública. Nesta sexta-feira foram reportados mais de mil novos casos e, a nível internacional, já foram confirmados mais de 14380 infetados.

Sintomas

Nos casos mais graves "pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte", escreve o SNS no site.

Risco de transmissão

A ECDC garantiu que, desde que as práticas de prevenção e controlo de infeção sejam cumpridas, a probabilidade de transmissão secundária é baixa.

Tratamento

Medidas de proteção

O que fazer se for viajar

Quais são as zonas do mundo afetadas pelo vírus mortal?

O primeiro caso no Japão foi anunciado no dia 16 de janeiro. O paciente é um cidadão chinês, de 30 anos, que reside na prefeitura japonesa de Kanagawa, no sul de Tóquio, mas que visitou Wuhan no início do ano, disse o Ministério da Saúde japonês.

Esta sexta-feira foi confirmado o primeiro caso de coronavírus na Suécia. Segundo informação avançada pelo jornal O Globo, a pessoa infetada é uma mulher. Também esta sexta-feira, foram confirmados os primeiros dois casos de pessoas contagiadas na Rússia. Ambos os cidadãos são de nacionalidade chinesa.

Em Itália, o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, já anunciou os dois primeiros casos de coronavírus no país. Segundo a publicação italiana Corriere Della Sera, os doentes são dois turistas chineses que se encontravam em Roma e que foram entretanto internados e isolados no hospital Spallanzani, na capital italiana.

França e Estados Unidos da América já confirmaram o sexto caso dos países. Os EUA confirmaram no dia 30 de janeiro o primeiro caso de transmissão do coronavírus entre humanos.

O Ministério da Saúde da Índia anunciou também o primeiro caso do vírus. O aluno estava a estudar na Universidade de Wuhan e neste momento está isolado e a ser vigiado num hospital.

A Finlândia confirmou dia 29 de janeiro o primeiro caso de coronavírus. Trata-se de uma turista chinesa, de 32 anos, que se encontrava alojada desde 23 de janeiro, numa estância de esqui, na região de Saariselkä. 

Na Alemanha foram quatro casos confirmados. Segundo a rádio 2DF, os três pacientes recém-infetados são funcionários da empresa Webasto do distrito de Starnberg, onde a primeira pessoa afetada é empregada.

Em Espanha foi confirmado o primeiro caso de coronavírus no dia 31 de janeiro. O paciente está internado e isolado e terá sido infetado por outra pessoa que já tinha sintomas.

Direção-Geral de Saúde sobre Coronavírus: "O nosso nível de alerta aumentou"

Numa conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, a diretora-Geral de Saúde, Graça Freitas, indicou que "nível de alerta aumentou e aumentou também a necessidade de reforçar a capacidade de resposta com medidas de saúde pública para detetar e isolar casos".

Dezassete portugueses resgatados de Wuhan

Este domingo, 2 de fevereiro, os portugueses chegaram a França às 13h00 onde se vão encontrar com a equipa da Força Aérea portuguesa - incluindo médicos - e devem regressar a Portugal ainda hoje.

Teorias de transmissão

Teorias de transmissão

Cientistas acreditam que cobras venenosas consumidas pela população chinesa podem estar na origem do coronavírus que já fez 213 mortos e já chegou à Europa. Estes animais são vendidos no mercado de frutos do mar em Wuhan, cidade onde o vírus se propagou.

De acordo com o The Conversation, inúmeros cientistas têm vindo a analisar o código genético do coronavírus e, recentemente, descobriram que o código presente nas amostras é idêntico ao de outros vírus presentes em cobras, morcegos e pássaros.

Por outro lado, um estudo genético divulgado no dia 29 de janeiro confirmou que o novo coronavírus com origem na China terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.

O trabalho, divulgado na publicação médica britânica The Lancet e que valida em laboratório uma tese assumida por especialistas, sugere que o novo coronavírus, designado provisoriamente pela Organização Mundial de Saúde como "2019-nCoV", teve como hospedeiro inicial um morcego e foi transmitido às pessoas através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que era vendido no mercado de animais vivos de Huanan, em Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China.

Embora com cautela, os autores do estudo admitem que o novo coronavírus não é resultado de uma mutação genética de outro coronavírus, mas pode ter entrado nas células humanas da mesma forma que o coronavírus que causou a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), também identificada pela primeira vez na China, em 2002 e 2003.

Filipinas regista morte causada pelo coronavírus. É a primeira vítima mortal fora da China

O paciente, que faleceu no sábado, é um homem de 44 anos que foi internado no Hospital San Lazaro, em Manila, em 25 de janeiro, indicou o Departamento de Saúde das Filipinas em comunicado. 

Companhias aéreas que suspenderam voos para a China

Em comunicado divulgado esta quarta-feira na página na Internet, a IATA explicou que as companhias aéreas estão preparadas para trabalhar com as autoridades de saúde pública quando há surtos de doenças transmissíveis e acrescentou que estão a ser aplicadas as recomendações da Organização Mundial da Saúde para limitar o risco de exportação ou importação da doença.

A IATA integra cerca de 260 transportadoras aéreas, que representam 83% do tráfego aéreo total.

BRITISH AIRWAYS

A companhia aérea britânica suspendeu todos os seus voos para a China continental. Uma decisão que segue as instruções emitidas pelo Reino Unido para evitar que os seus cidadãos vão ao país. Foi a primeira empresa europeia a anunciar esta medida. A British Airways opera voos diários de Londres para Pequim ou Xangai.

LION AIR

A companhia aérea indonésia que opera a maior frota do sudeste da Ásia vai suspender os seus voos para a China a partir de 01 de fevereiro. No total, a companhia ou a sua subsidiária Batik Air abrange mais de 15 destinos chineses. Um milhão de turistas chineses visitam a Indonésia anualmente.

UNITED AIRLINES

A transportadora norte-americana suspendeu alguns voos para Pequim, Xangai e Hong Kong entre 01 e 08 de fevereiro. As autoridades norte-americanas aconselharam os seus nacionais a não viajarem para a China nesta altura.

AIR FRANCE

A empresa anunciou que mantém, por enquanto, o seu programa de voos inalterado, continuando a fazer 10 voos semanais para Pequim e 13 para Xangai. No entanto, suspendeu as ligações para Wuhan, cidade onde teve origem o coronavírus. Além disso, permite aos seus passageiros anular ou adiar os voos para a China.

SEOUL AIR

A transportadora da Coreia do Sul suspendeu todos os voos para a China.

URAL AIRLINES

A empresa russa suspendeu todos os voos para a Europa até ao final do inverno. Sediada em Ekaterinburg, nos Urais, os voos da companhia para a Europa são tradicionalmente frequentados por grandes grupos de excursões organizadas na China.

GEORGIAN AIRLINES

A companhia aérea da Geórgia suspendeu todos os voos comerciais de e para a China até 29 de março. Vários voos de ida e volta entre a Geórgia e a China são realizados todas as semanas.

DELTA AIRLINES

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