Alexandra Leitão acredita que há má gestão da higiene urbana em Lisboa
Para a cabeça de lista da coligação "Viver Lisboa", é preciso que seja reposto o número de recursos humanos, que haja melhores materiais e que sejam repensados circuitos de recolha.
Alexandra Leitão defendeu esta sexta-feira que o lixo não deveria "ser um assunto tão grande numa campanha eleitoral para uma Câmara como Lisboa", considerando que o presidente da autarquia tem feito uma má gestão da higiene urbana.
"A higiene urbana, o lixo, não devia ser um assunto tão grande numa campanha eleitoral para uma Câmara como Lisboa. Ele só é um grande assunto porque, de facto, a situação é muito grave na cidade, porque senão devíamos estar a discutir habitação, mobilidade, ciência, educação, saúde, etc", notou a cabeça de lista da coligação de esquerda PS/Livre/BE/PAN à Câmara Municipal de Lisboa.
A candidata visitou esta sexta-feira o Posto de Limpeza de Alcântara, onde conversou com os trabalhadores e ouviu "as suas necessidades".
Em declarações à Lusa, após a visita, Alexandra Leitão distinguiu a sua posição, favorável à "desconcentração de parte" das tarefas de higiene urbana para as juntas de freguesias, "como foi feito desde a reforma administrativa", da defendida por Carlos Moedas, atual presidente da autarquia e cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL, e por João Ferreira, candidato da CDU (PCP/PEV), que querem "uma recentralização".
"Com a má gestão que nós temos tido do atual presidente da Câmara, eu não sei o que seria centralizar tudo nele", pontuou, antes de denunciar "outra falácia que tem sido muito repetida", a de que a recolha do lixo é partilhada entre a autarquia e as juntas de freguesia.
"Só a Câmara recolhe. O que as juntas fazem é varreduras, é limpezas de passeios, é retirar o que fica no chão. Portanto, é muito clara a repartição. [...] E aquilo que as pessoas aqui me estão a dizer é que, de facto, numa certa fase, o serviço melhorou porque [antes] havia, por exemplo, coisas como a varredura que não eram feitas", completou.
Para a cabeça de lista da coligação "Viver Lisboa", é preciso que seja reposto o número de recursos humanos, que haja melhores materiais e que sejam repensados circuitos de recolha.
"Eu quando estive no posto em Telheiras, que é da Câmara, disseram-me que havia circuitos que não se faziam até ao fim porque o camião ficava cheio antes de chegar ao fim ou avariava", exemplificou.
Caso seja eleita presidente da autarquia da capital nas eleições autárquicas de 12 de outubro, Leitão propõe-se a "aumentar o número de recolhas, consoante as zonas da cidade", estudar "melhor os circuitos", encurtando aqueles "onde o camião fica cheio a meio" e complementando-os com novas 'rotas'.
A candidata socialista pretende também ir ao encontro "dessas dificuldades de recursos materiais e de recursos de trabalhadores", criar um centro de lavagem de contentores, além de repor e aumentar o número de caixotes que os prédios têm.
"Há prédios que têm caixotes há um ano pedidos e não é posto lá outro caixote. Portanto, depois a pessoa ou fica com o lixo em casa ou põe-no no chão ali direitinho ao lado do caixote. E também, obviamente, fazendo sempre campanhas para que as pessoas façam separação, etc. Portanto, há muitas coisas que é preciso fazer e uma melhor gestão", concluiu.
Além de Alexandra Leitão, concorrem à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas o atual presidente Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
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