Ativista palestiniano diz que "pensava que Israel tinha limites"
Shawan Jabarin considera que, quando se fala em genocídio na Faixa de Gaza, os últimos dois anos comparam com os 76 anteriores.
O diretor da organização de direitos humanas palestiniana al-Haq afirma que era clara desde o primeiro minuto a "punição coletiva" que Israel preparava na Faixa de Gaza, mas que, desde outubro de 2023, ultrapassou limites que ele próprio ignorava.
Em entrevista à agência Lusa em Ramallah, Shawan Jabarin considera que, quando se fala em genocídio na Faixa de Gaza, os últimos dois anos comparam com os 76 anteriores, que remetem para "outro genocídio", referindo-se à Naqba e expulsão de palestinianos na fundação de Israel, em 1948.
"Isso significa que desde 1948 não saímos da primeira casa", declara o diretor-geral da organização de direitos humanos fundada em 1979, que se apresenta como a primeira não só na Palestina como em todo o Médio Oriente, já galardoada pela Fundação Carter, a par da israelita B'Tselem, e apoiada pela União Europeia, mas sancionada pela atual administração dos Estados Unidos e considerada terrorista por Israel.
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