Autor de tiroteio em escola dos EUA declara-se culpado da morte de 17 pessoas
Nikolas Cruz pode ser condenado a prisão perpétua ou pena de morte pelo massacre numa escola da Florida em 2018.
O jovem de 23 anos, Nikolas Cruz, declarou-se culpado esta quarta-feira pelo homicídio de 17 pessoas e pela tentativa de matar outras 17 num dos piores massacres em escolas dos EUA.
O caso remonta a 2018, quando o arguido, na altura com apenas 18 anos, matou a tiro 14 estudantes e três funcionários com uma arma AR-15 na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, no estado da Flórida. Outras 17 pessoas ficaram feridas.O jovem entrenta agora a possibilidade ser condenado a pena de morte ou prisão perpétua pelo crime, avançou a BBC.Os advogados que representam Nikolas Cruz disseram que ele se declararia culpado se a pena de morte não fosse considerada. Uma hipótese que foi recusada pelos promotores, que em documentos judiciais anteriores disseram que iriam pedir a pena de morte para o jovem e provariam que o crime "foi especialmente hediondo, atroz ou cruel".A juíza a cargo do caso disse que espera que o julgamento retome em janeiro.O arguido foi expulso da escola onde estudava em 2017 e vários alunos e funcionários descreveram-no como um jovem problemático.
Ele já tinha sido investigado pela polícia local e pelo Departamento de Crianças e Serviços à Família por publicar conteúdos de automutilação no Snapchat. O FBI veio depois a admitir que não investigou o suficiente a denúncia feita sobre Nikolas no mês anterior ao tiroteio.
O massacre serviu de mote para o debate sobre a reforma da legislação sobre armas. Muitos dos sobreviventes do tiroteio tornaram-se defensores da proibição de armas nos EUA.
No evento que marcou o terceiro aniversário do tiroteio, em fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso que aprovasse reformas na lei de armas, incluindo a proibição de armas de assalto e o fim da imunidade legal para os fabricantes de armas.
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