Bolsonaro pede fim de medidas restritivas contra o coronavírus
Presidente contraria especialistas e exige reabertura das escolas e do comércio para preservar a economia.
Na contramão de especialistas do Mundo inteiro, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, pediu aos governadores e autarcas que adotaram medidas restritivas contra o coronavírus, como fechar escolas e comércios, que as suspendam imediatamente. Bolsonaro defendeu que o Brasil precisa é de retomar a normalidade e salvar empregos.
"O vírus chegou, mas está a ser enfrentado e em breve passará. A nossa vida deve continuar. Os empregos devem ser mantidos, o sustento das famílias deve ser preservado. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição dos transportes, o fecho do comércio e o confinamento em massa. Devemos, sim, voltar à normalidade", defendeu o presidente num discurso ao país, na terça-feira à noite, que provocou uma vaga de repúdio entre médicos, na classe política e na sociedade por incentivar os cidadãos a desobedecerem à orientação dos especialistas para ficarem em casa.
Indiferente à chuva de críticas, Bolsonaro voltou esta quarta-feira a criticar o confinamento em massa da população e defendeu que só os idosos devem ser isolados. "O que precisa ser feito é botar esse povo para trabalhar. Preservar os idosos, preservar aqueles que têm problemas de saúde. Cada filho deve cuidar do seu pai, do seu avô. Ou querem que eu contrate uma pessoa para cuidar de cada idoso?", disparou o presidente.
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