Brasil suspende teste de vacina chinesa contra Covid-19 após morte de voluntário

Agência de Vigilância Sanitária alerta para “reação adversa grave” após morte de voluntário. Críticos falam em decisão política.

11 de novembro de 2020 às 08:30
Vacina contra coronavírus Foto: Reuters
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira (Anvisa) suspendeu os testes que estavam a ser feitos no Brasil com a Coronavac, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, após a morte de um voluntário.

A Anvisa anunciou que o ensaio foi suspenso na sequência de uma “reação adversa grave”, mas tanto a Sinovac como o Instituto Butantan garantiram a segurança total da vacina e avançaram que a morte do voluntário não teve qualquer relação com os testes clínicos.

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O presidente Jair Bolsonaro, que é contra a vacina chinesa, congratulou-se com a decisão e, nos meios políticos, poucos têm dúvidas de que a decisão foi uma manobra para atingir o rival João Dória, governador de São Paulo, que horas antes tinha anunciado a chegada, na próxima semana, das primeiras 120 mil doses da Coronavac.

Alemanha pede ajuda aos militares

O Ministério da Saúde da Alemanha pediu apoio logístico ao Exército para armazenar a futura vacina contra a Covid-19, que, no caso da vacina da Pfizer, tem de ser mantida a uma temperatura de 70 graus negativos. Já os Correios alemães garantiram ter tudo a postos para ajudar na distribuição

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Reino unido prepara-se para vacina em dezembro

O governo britânico deu instruções ao Serviço Nacional de Saúde para se preparar para começar a distribuir a vacina contra a Covid-19 já a partir de dezembro, após o anúncio da Pfizer de que a sua vacina é 90% eficaz. O ministro da Saúde, Matt Hancock, garantiu que ninguém será obrigado a tomar a vacina.

Europa ultrapassa as 300 mil mortes

A Europa ultrapassou esta terça-feira a trágica marca das 300 mil mortes por coronavírus, que corresponde a um quarto do total mundial. O continente europeu regista ainda cerca de um quarto dos casos em todo o Mundo, com 12,3 milhões de infetados. Na última semana, o número de novos casos foi de 280 mil.

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PANDEMIA PELO MUNDO

Oxigénio no carro

Com a sua capacidade no limite, o Hospital de Cotugno, em Nápoles, começou a fazer a triagem dos pacientes no parque de estacionamento, e muitos doentes tiveram de receber oxigénio dentro dos carros por falta de espaço nas Enfermarias.

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Restaurantes fecham

O presidente da Câmara de Moscovo ordenou o encerramento dos bares e restaurantes entre as 22h e as 06h, numa tentativa de travar o aumento de contágios na capital russa. As escolas da cidade também vão fechar, passando os alunos para o ensino online.

Quatro investigações

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A Procuradoria de Paris anunciou a abertura de quatro investigações à gestão da pandemia pelo governo. As investigações visam averiguar o impacto das medidas na população em geral, no pessoal de saúde, nos funcionários públicos e nas pessoas que morreram ou foram infetadas com Covid-19.

RADAR COVID

Cocktail de anticorpos

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A autoridade farmacêutica norte-americana emitiu uma autorização de emergência para o uso do cocktail experimental de anticorpos Bamlanivimab, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, em doentes de risco.

Células T podem chegar

Um estudo britânico concluiu que as células T podem ser suficientes para proteger o organismo da infeção pelo novo coronavírus e podem criar uma imunização mais duradoura do que os anticorpos.

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Vacinas russas "eficazes"

O presidente russo Vladimir Putin garantiu esta terça-feira que as três vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas no país são seguras e "altamente eficazes".

Risco para saúde mental

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Um estudo realizado no Reino Unido alerta que um em cada cinco pacientes que recuperaram da Covid-19 sofreu algum tipo de sequela ao nível da saúde mental no prazo de 90 dias.

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