China alia-se à Rússia na oposição à NATO
Putin e Xi Jinping divulgam declaração condenando o que classificam como a influência maligna dos EUA.
O presidente Vladimir Putin visitou esta sexta-feira Pequim a pretexto da sessão de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno e conseguiu garantias de apoio da China contra a expansão da NATO e o que ambos consideram a influência global maligna dos EUA.
Após encontros entre o presidente russo e o líder chinês, Xi Jinping, os dois líderes divulgaram um comunicado apelando ao Ocidente para que “abandone as abordagens ideológicas do tempo da Guerra Fria”.
O documento frisa igualmente, numa linguagem assertiva e quase ameaçadora, que “a amizade entre os dois países não tem limites, não havendo áreas proibidas de cooperação”.
Jinping manifestou apoio declarado a Putin ao condenar a expansão da NATO aos países do leste europeu que integraram o antigo Pacto de Varsóvia, organização militar rival da NATO nos tempos da União Soviética. A declaração conjunta afirma ainda que a nova relação entre China e Rússia é “superior às alianças políticas e militares da era da Guerra Fria”.
O encontro de Putin com Jinping acontece um dia depois de os EUA reiterarem acusações à Rússia de que prepara a encenação de ataques ucranianos para justificar uma invasão da Ucrânia, intenção que Moscovo nega, apesar de ter há várias semanas mais de 100 mil militares na fronteira com o país vizinho.
Os EUA reagiram à declaração conjunta, afirmando que o presidente Joe Biden tem a sua própria relação com a China.
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