Destituição de Trump aprovada na Câmara dos Representantes dos EUA
Dez republicanos juntaram-se aos democratas para aprovar o ‘impeachment’.
Uma semana após o assalto ao Capitólio, a Câmara dos Representantes votou esta quarta-feira a favor da destituição de Donald Trump pelo crime de incitamento à insurreição. É a primeira vez que a Câmara vota duas vezes a favor do ‘impeachment’ do mesmo presidente.
Ao contrário do sucedido em 2019, quando a Câmara votou a favor da destituição de Trump por pressionar a Ucrânia, desta vez o ‘impeachment’ foi aprovado não só com os votos dos democratas, mas também com os de dez republicanos, que consideraram que o presidente atentou contra a Constituição ao incitar os seus apoiantes a marcharem sobre o Capitólio. No total, o ‘impeachment’ foi aprovado por 232 votos a favor e 197 contra.
A votação decorreu num Capitólio transformado numa fortaleza, com centenas de militares da Guarda Nacional a vigiarem os corredores. “Neste momento, há mais tropas em Washington do que no Afeganistão. Estão aqui para nos defender do presidente dos EUA e da sua turba”, lembrou o democrata Seth Moulton.
“O presidente incitou esta insurreição, esta revolta armada contra o nosso país. Tem de ir-se embora. Ele representa um perigo claro e imediato”, disse a democrata Nancy Pelosi no início do debate, que ficou marcado por uma tensa troca de acusações entre os democratas e os muitos republicanos que, desta vez, não defenderam Trump, mas denunciaram o ‘impeachment’ como uma medida divisiva e desnecessária a uma semana do final do seu mandato.
O processo segue agora para julgamento no Senado, embora sejam praticamente nulas as hipóteses de um veredicto antes do final do mandato de Trump, na quarta-feira. Os democratas garantem, mesmo assim, que vão levar o processo até ao fim, mais que não seja para conseguirem impedir que Trump volte a candidatar-se à Casa Branca em 2024.
Uma semana após o assalto ao Capitólio, a Câmara dos Representantes votou esta quarta-feira a favor da destituição de Donald Trump pelo crime de incitamento à insurreição. É a primeira vez que a Câmara vota duas vezes a favor do ‘impeachment’ do mesmo presidente.Ao contrário do sucedido em 2019, quando a Câmara votou a favor da destituição de Trump por pressionar a Ucrânia, desta vez o ‘impeachment’ foi aprovado não só com os votos dos democratas, mas também com os de dez republicanos, que consideraram que o presidente atentou contra a Constituição ao incitar os seus apoiantes a marcharem sobre o Capitólio. No total, o ‘impeachment’ foi aprovado por 232 votos a favor e 197 contra.A votação decorreu num Capitólio transformado numa fortaleza, com centenas de militares da Guarda Nacional a vigiarem os corredores. “Neste momento, há mais tropas em Washington do que no Afeganistão. Estão aqui para nos defender do presidente dos EUA e da sua turba”, lembrou o democrata Seth Moulton.“O presidente incitou esta insurreição, esta revolta armada contra o nosso país. Tem de ir-se embora. Ele representa um perigo claro e imediato”, disse a democrata Nancy Pelosi no início do debate, que ficou marcado por uma tensa troca de acusações entre os democratas e os muitos republicanos que, desta vez, não defenderam Trump, mas denunciaram o ‘impeachment’ como uma medida divisiva e desnecessária a uma semana do final do seu mandato.O processo segue agora para julgamento no Senado, embora sejam praticamente nulas as hipóteses de um veredicto antes do final do mandato de Trump, na quarta-feira. Os democratas garantem, mesmo assim, que vão levar o processo até ao fim, mais que não seja para conseguirem impedir que Trump volte a candidatar-se à Casa Branca em 2024. SAIBA MAIS
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votos, ou dois terços dos 100 senadores, são necessários para condenar Trump no Senado e removê-lo do cargo. Se já tiver deixado a Presidência, os democratas podem apresentar uma moção para o impedir de assumir cargos públicos no futuro, desta forma travando a sua recandidatura em 2024.
Basta maioria simples (51 votos) para impedir Trump de voltar a candidatar-se, o que está ao alcance dos democratas, que a partir da próxima semana terão o controlo do Senado.
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