Pelo menos quatro mortos e 159 desaparecidos após desabamento de prédio em Miami

Torre acolhia residentes permanentes e sazonais, sendo que o edifício tem registo dos visitantes, mas não dos proprietários que ali residem, adiantou o mayor.

25 de junho de 2021 às 10:33
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Pelo menos quatro pessoas morreram e 159 estão incontactáveis após o desabamento de um prédio perto de Miami, Estados Unidos, mas as autoridades ainda têm "esperança" de encontrar pessoas vivas, disse esta sexta-feira a 'mayor' do condado de Miami-Dade.

"O número de pessoas que não conseguimos contactar aumentou para 159. Além disso, confirmamos um aumento no número de mortes que agora é de quatro", afirmou Daniella Levine Cava, em conferência de imprensa.

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A 'mayor' (presidente da câmara municipal) de Miami-Dade disse ainda que as autoridades têm esperança de encontrar pessoas vivas no prédio que desabou na manhã de quinta-feira, em Surfside.

As autoridades disseram à Associated Press (AP) que aumenta o receio de que o balanço final de mortos possa subir de forma acentuada.

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No entanto, as autoridades não sabem quantos se encontravam na torre no momento do colapso, por volta das 01h30 locais.

O autarca de Surfside, Charles Burkett, disse que o edifício está "amassado", o que é "devastador", porque, na sua opinião, significa que as equipas de resgate não serão "tão bem sucedidas quanto se desejaria a encontrar pessoas com vida".

Entretanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, já veio dizer que espera que seja declarada situação de emergência para que possam ser desbloqueados fundos que permitam uma intervenção federal, nomeadamente da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, na sigla inglesa), que "está pronta para ajudar".

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Nas primeiras horas da manhã, canais de televisão locais mostraram imagens de bombeiros a retirarem um menor dos escombros, aparentemente ileso.

As fotografias mostram a destruição de quase metade do prédio localizado à beira-mar e varandas quase cortadas a meio, com uma grande pilha de destroços, cimento e ferro.

O teto do prédio estava a ser alvo de obras, mas ainda é desconhecido se isso estará ligado à causa do acidente.

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O Governador Ron DeSantis, que circulou pela zona dos escombros, disse que as televisões não capturaram a escala do que realmente aconteceu, referindo que as equipas de resgate estão "a fazer tudo o que podem para salvar vidas e que não vão descansar".

Equipas de 10 a 12 elementos estavam a entrar nos escombros à vez, com cães e outro equipamento, adiantou outro responsável à AP.

As autoridades ainda não adiantaram a causa do colapso, mas imagens vídeo recolhidas nas proximidades mostram que o centro do edifício parece colapsar primeiro, com uma secção mais próxima do mar a oscilar e desabar segundos depois, provocando uma enorme nuvem de pó que envolveu todo o bairro.

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Os hotéis já estão a acolher alguns desalojados, adiantou o mayor Charles Burkett, estando a ser disponibilizado acesso a refeições e medicamentos.

As equipas de resgate estão a tentar determinar o número de desaparecidos, pedindo a ajuda dos residentes e que estes se dirijam às autoridades.

Cerca de metade dos 130 apartamentos do edifício foi afetada e as equipas de resgate tinham retirado dos escombros pelo menos 35 pessoas até meio da manhã, tendo sido levado para o local equipamento para ajudar a estabilizar a estrutura.

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A torre acolhia residentes permanentes e sazonais, sendo que o edifício tem registo dos visitantes, mas não dos proprietários que ali residem, adiantou o mayor.

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