Estudo diz que regra de distanciamento social de dois metros é “baseada em ciência desatualizada"
Cientistas alertam que regra devia ser adaptada em função do contexto onde estão as pessoas.
"As regras atuais sobre distanciamento social seguro são baseadas em ciência desatualizada". A afirmação é de Nicholas Jones e restante grupo de trabalho, do Departamento de Atenção Primária de Nuffield da Universidade de Oxford, e resulta de um estudo publicado na revista médica britânica The British Medical Journal
A medida data de 1897 e, segundo os académicos, deveriam haver "recomendações graduais" para diferentes regras de distanciamento social e em diferentes contextos, o que ofereceria uma maior proteção em ambientes de alto risco e uma maior liberdade em ambientes onde o risco é menor.
"Potencialmente permitiria um retorno à normalidade em alguns aspetos da vida social e económica", referem os académicos na mesma publicação.
Para os investigadores, as regras de distanciamento social deveriam ter em conta vários fatores, tais como o tipo de atividade, o local (interior ou exterior), o nível de ventilação, o uso ou não de máscara e a duração da exposição.
Estudos mais recentes provam que, em certas circunstâncias, as gotículas de um espirro forte ou tosse podem espalhar-se até oito metros.
Os autores sugerem que sejam feitos mais estudos a fim de averiguar quais as distâncias sociais adequadas para cada ambiente.
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