Faltam provas de que gás de nervos usado em ex-espião é russo

Laboratório britânico não consegue estabelecer origem do veneno usado contra Skripal.

04 de abril de 2018 às 08:37
Sergei Skripal e a filha, Yulia, lutam pela vida num hospital britânico Foto: Direitos Reservados
Sergei Skripal Foto: Reuters
Sergei Skripal Foto: Reuters
Sergei Skripal Foto: Reuters
Polícia isolou restaurante e pub nas imediações do local onde Skripal foi encontrado Foto: EPA
A casa de Sergei Skripal, em Salisbury Foto: Reuters

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Os peritos militares do laboratório de Porton Down que analisaram o gás de nervos usado no ataque contra o ex-espião russo Sergei Skripal não conseguiram estabelecer se o veneno foi produzido na Rússia.

Esta conclusão vem perturbar o governo britânico, que desde o início culpa o Kremlin pelo ataque de 4 de março, em Salisbury, e criou uma onda de solidariedade entre aliados que levou à expulsão de mais de 130 diplomatas russos do Reino Unido, EUA e uma dúzia de outros países, na maior ação do género desde a Guerra Fria.

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Apesar de inconclusivo, o estudo do laboratório britânico confirmou que o gás usado é do tipo novichok, uma arma de guerra química, "e exige métodos muito sofisticados para ser criado, o que só está ao alcance de um agente estatal", referiu Gary Aitkenhead, responsável do laboratório militar britânico.

Entretanto, um porta-voz do governo de Theresa May frisou que a acusação à Rússia não se baseia somente na análise laboratorial do gás, mas também em dados de espionagem que indicam que "a Rússia investigou formas de usar agentes de nervos, provavelmente em assassínios, e para esse fim fabricou e armazenou quantidades de novichok".

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PORMENORES 

Ataque em Salisbury

No dia 4 de março, Sergei Skripal e a filha, Yulia, foram encontrados desmaiados num banco junto a um centro comercial de Salisbury. Hospitalizados, lutam pela vida desde então. Skripal continua em estado crítico, Yulia recuperou a consciência.

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Antigo espião duplo

O russo Sergei Skripal foi espião duplo e passou segredos ao Reino Unido, nos anos 90 e 2000, o que lhe valeu uma condenação a 13 anos de cadeia por traição, na Rússia. Foi libertado numa troca de espiões entre a Rússia e o Ocidente e foi viver para o Reino Unido em 2010.

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