Fotógrafo do governo americano admite manipulação das fotos da posse de Trump

Relatório revela o empenho da Casa Branca em demonstrar que Trump teve mais gente em Washington que Obama.

07 de setembro de 2018 às 19:04
A cerimónia de posse de Donald Trump, em 2017 Foto: Getty Images
A cerimónia de posse de Donald Trump, em 2017 Foto: Getty Images
A cerimónia de posse de Donald Trump, em 2017 Foto: Getty Images
A cerimónia de posse de Donald Trump, em 2017 Foto: Getty Images
A cerimónia de posse de Barack Obama, em 2009 Foto: Getty Images
A cerimónia de posse de Barack Obama, em 2009 Foto: Getty Images

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Um fotógrafo do governo americano manipulou as fotos que tirou da cerimónia de tomada de posse do atual presidente americano, de forma a dar a ideia de que estavam mais pessoas em Washington quando Trump prestou juramento, a 20 de janeiro de 2017.

A notícia é avançada pelo diário britânico The Guardian, que teve acesso a documentos de uma investigação que revelam uma intensa troca de contactos entre a Casa Branca e o National Park Service (NPS) o serviço que gere o parque de Washington (The Mall) situado em frente ao Capitólio, onde decorreu a cerimónia.

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FOTO: Getty Images
Fotógrafo do governo americano admite manipulação das fotos da posse de Trump

(Fotos da Getty Images mostram as diferença das multidões que assistiram à posse de Obama (esq.) e de Trump)

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É mais um ingrediente para alimentar a polémica que começou logo no primeiro dia de mandato de Trump. A nova administração defendeu (e continua a defender) que a posse de Trump teve mais gente que Obama, apesar das fotos de todas as agências internacionais demonstrarem, claramente o contrário.

O Guardian diz que o pedido de tratamento das fotos surgiu após um contacto do próprio Trump, que telefonou a Mike Reynolds, diretor do NPS, na manhã a seguir à cerimónia. O então responsável pela imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, também fez vários telefonemas para o NPS, antes de este serviço divulgar as fotos oficiais da cerimónia.

O relatório consultado pelo jornal explicita que um fotógrafo do NPS foi contactado várias vezes por um oficial (não identificado) para que lhe enviasse fotos da multidão, e que lhe foi pedido repetidamente que editasse as imagens, apagando os espaços em branco para que a multidão parecesse maior.

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