Gregos dizem não à austeridade
Milhares de pessoas fizeram a festa em Atenas depois de a votação dar uma retumbante vitória aos críticos do acordo com os credores.
Ganha o ‘não’. Os gregos encheram as ruas de Atenas para festejar. Para o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ganhou a democracia e ficou aberta a porta a um acordo "mais justo" para a Grécia.
"Estamos livres", "somos fortes", "ninguém nos pode obrigar a nada". São as frases que os gregos vão gritando noite dentro. "E amanhã?", perguntamos automaticamente. A resposta não varia: "Não sei", dizem.
Tsipras pensa saber e está otimista quanto a um acordo, embora consciente de que "não há soluções fáceis". Mas uma coisa sabe: vai insistir na reestruturação da dívida, agora reforçado.
Com 92% dos votos contados, os números davam 61 por cento para o ‘não’ às imposições dos credores.
Apesar do clima de festa, com muita música e ‘very lights’ lançados em Atenas, teme-se que os bancos continuem fechados. Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa e líder do partido Gregos Independentes, Panos Kammenos, responde aos jornalistas e tropeça no futuro. Questionado sobre a data em que os bancos gregos abrem ao público, responde que "a decisão de encerrar os bancos e ter um controle de capitais foi uma decisão do senhor Draghi e do BCE. O pedido para reabertura será enviado ainda hoje [domingo] ou amanhã de manhã [hoje]. Espero que o pedido seja aceite". Sobre quanto tempo a Grécia suportará a situação, em caso de recusa, Kammenos responde: "Estamos nesta situação há uma semana. Espero que consigamos encontrar uma solução o mais cedo possível, mas ainda temos de esperar."
Clique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: Panzers de Merkel
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