Haddad ganha pontos e ataca Bolsonaro
Candidato do Partido dos Trabalhadores reduziu a desvantagem numa semana em 2% das intenções de voto.
Uma nova sondagem do Instituto Ibope para a segunda volta das presidenciais brasileiras de dia 28 mostrou que a diferença entre os dois candidatos caiu desde a semana passada, mas que o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, continua a ser o favorito. A diferença caiu de 18 para 14 pontos, mas continua bastante confortável para Bolsonaro.
Segundo o Ibope, Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), tem 57% das intenções de voto contra 43% de Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT). Na semana passada Bolsonaro tinha dois pontos a mais, 59%, e Haddad dois a menos, 41%.
Talvez impulsionado e entusiasmado com essa recuperação mínima, Haddad redobrou os ataques a Bolsonaro tanto na rádio e na televisão como em atos públicos de campanha.
No Rio de Janeiro, num comício sugestivamente chamado ‘Ato da Viragem’, a que compareceram artistas como Chico Buarque de Hollanda e Caetano Veloso, o normalmente moderado Haddad não mediu palavras para atacar o rival e respondeu com dureza à declaração do adversário de que é preciso acabar com a política do "coitadismo" em relação a habitantes do nordeste, a região mais pobre do Brasil, e também em relação a negros, mulheres e homossexuais.
"Quero dizer-lhe que coitado é você. É vazio, não é nada. É um soldadinho de faz de conta, que só fala grosso porque tem gente armada à sua volta", disparou Haddad, a quem Bolsonaro já ofendeu várias vezes.
De seguida, o candidato do PT lembrou o modesto desempenho do adversário como deputado. "Bolsonaro é uma pessoa vazia, que não teve nada a dizer em sete mandatos, só vomitando ódio. Dele sai só o pior do ser humano. Devia receber ajuda para tratamento psicológico."
Ex-presidente Lula Silva apela ao voto em Haddad e alerta contra o fascismo
Em carta divulgada ontem, o ex-presidente Lula da Silva, preso por corrupção, exortou os brasileiros a votarem em Fernando Haddad, que o substituiu nas presidenciais, para defenderem a democracia e o legado dos governos dele e de Dilma Rousseff.
Sem referir o favorito na disputa, o extremista de direita, Jair Bolsonaro, pediu aos brasileiros que não deixem o desespero levar o Brasil na direção de "uma aventura fascista".
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