Eduardo chegou a dizer, em novo desrespeito, que para fechar o Supremo Tribunal nem precisa mandar tropas, basta um soldado e um cabo.
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Numa nova demonstração do pouco apreço e respeito que aparentemente toda a família Bolsonaro tem pelas instituições da justiça brasileira, um dos filhos de Jair Bolsonaro, favorito às presidenciais de domingo, ameaçou durante uma palestra fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) se o órgão se atrevesse a impugnar a provável eleição do pai por alguma eventual irregularidade.Eduardo Bolsonaro, recém-eleito o deputado federal mais votado da história do Brasil aproveitando a vaga de popularidade do pai, chegou a dizer, em novo desrespeito, que para fechar o Supremo Tribunal nem precisa mandar tropas, basta um soldado e um cabo.
"Se o STF quiser arguir alguma coisa, sei lá, que ele (Jair Bolsonaro) recebeu uma doação ilegal de 100 reais do Zé da Silva, e aí então impugna a candidatura dele, aí vai ser ele (STF) contra nós. Eu não acho isso improvável, mas aí (o STF) vai ter de pagar pra ver.", disparou Eduardo Bolsonaro, acrescentando depois em tom de desafio aos magistrados da mais alta instância da justiça brasileira."Será que eles vão ter essa força mesmo? O pessoal lá (numa aparente referência aos meios militares que ele e o pai, captão da reserva do Exército, frequentam) até brinca que, para fechar o STF nem precisa mandar um jipe, basta mandar só um soldado e um cabo. E não é desmerecer nem o soldado nem o cabo."
As fortes declarações de Eduardo Bolsonaro, que vão na mesma linha de ásperas críticas do pai a várias instâncias da justiça e de insinuações de falta de isenção e favorecimento a corruptos, foram dadas durante uma palestra na cidade de Cascavel, no interior do estado do Paraná, no sul do Brasil. A palestra ocorreu antes da primeira volta das presidenciais, realizadas dia 7 passado, mas o vídeo com as ameaças do filho do provável futuro presidente do Brasil só agora começou a ter grande repercussão após ser publicado em redes sociais.
O deputado respondia a uma pergunta sobre o que Jair Bolsonaro e a família fariam se a candidatura do presidenciável de extrema-direita fosse impugnada por alguma eventual ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou no Supremo Tribunal Federal, ou se, depois de eleito, o pai dele fosse impedido pela justiça de tomar posse. No TSE já existem desde a semana passada duas acções contra Jair Bolsonaro por suposta fraude eleitoral, recebimento de doações ilegais e abuso do poder econômico.
Uma delas, instaurada pelo Partido dos Trabalhadores (PT(, do outro candidato que disputa a segunda volta, Fernando Haddad, pede a inegibilidade de Jair Bolsonaro, e a outra, instaurada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Ciro Gomes, terceiro colocado na primeira volta, pede mesmo a anulação dessa votação e novas eleições, agora sem Jair Bolsonaro.
Nos dois casos, os partidos acusam Jair Bolsonaro de ter sido beneficiado fraudulentamente pela acção de agências de propaganda para dispararem milhões de mensagens com notícias falsas contra addversários, principalmente Haddad. Essas agências terão sido pagas por grandes empresas privadas interessadas na vitória de Bolsonaro, configurando doação empresarial à campanha do presidenciável, o que é proibido pela lei eleitoral.
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