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Bolsonaro nega ser ameaça à democracia

Candidato pediu desculpa pelas declarações do filho, que ameaçou fechar o Supremo Tribunal.

24 de outubro de 2018 às 09:07

Odeputado de extrema-direita Jair Bolsonaro, favorito às presidenciais brasileiras de domingo, negou as acusações de que é uma ameaça à democracia e à liberdade por causa da sua postura radical, considerada por muitos autoritária. Em entrevista à Rádio Guaíba, do sul do Brasil, o ex-capitão do Exército desmentiu qualquer intento ditatorial.

"Eu não sou uma ameaça à democracia, pelo contrário. Eu sou a garantia da liberdade e da democracia", afirmou Bolsonaro, que, entre outras posições polémicas, já defendeu a prática da tortura e, no domingo passado, ao falar para apoiantes reunidos na avenida Paulista, em São Paulo, prometeu banir do Brasil todos os "marginais vermelhos", referindo-se ao Partido dos Trabalhadores, de Lula da Silva, e outras entidades de esquerda.

Bolsonaro atacou ainda o seu adversário na segunda volta, Fernando Haddad, do PT, afirmando que, ele sim, é uma ameaça à democracia. O ex-militar lembrou que há anos o PT de Haddad tenta criar um mecanismo para controlar a imprensa e limitar a atuação do Ministério Público e da justiça, o que, na opinião dele, é uma ameaça à democracia.

Tentando atenuar a forte repercussão negativa à declaração do seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, de que se o Supremo Tribunal Federal impedisse a posse do pai alegando irregularidades o tribunal seria fechado por militares, Jair Bolsonaro pediu desculpa, minimizando as declarações do filho.

Escreveu ainda uma carta ao decano do Supremo Tribunal, Celso de Melo, desculpando-se por ele e pelo filho e reconhecendo o tribunal como "guardião da Constituição", a que jurou subordinar a sua atuação como governante.

Haddad defende "punição exemplar" para casos de corrupção no PT

O candidato do PT, Fernando Haddad, defendeu a "punição exemplar" de todos os membros do seu partido que enriqueceram com a corrupção e se apoderaram ilicitamente de verbas de campanha.

Sem falar em Lula da Silva, preso por corrupção desde abril, Haddad afirmou que o PT "cresceu sob a bandeira da ética" mas reconheceu que vários companheiros "se desviaram desse caminho e, provavelmente, cometeram crimes".

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