Independentistas catalães endurecem protestos

Manifestantes cortaram estradas e tentaram bloquear acesso à maior estação ferroviária de Barcelona.

28 de março de 2018 às 09:00
Manifestantes independentistas cortaram autoestrada junto à fronteira francesa e tiveram de ser desalojados pela polícia antimotim Foto: EPA
Manifestantes independentistas em Barcelona Foto: EPA
Manifestantes independentistas em Barcelona Foto: EPA
Manifestantes independentistas em Barcelona Foto: EPA
Manifestantes independentistas em Barcelona Foto: EPA
Manifestantes independentistas em Barcelona Foto: EPA

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Manifestantes independentistas cortaram esta terça-feira várias estradas na Catalunha e tentaram bloquear o acesso à principal estação ferroviária de Barcelona, num endurecimento dos protestos contra a prisão de Carles Puigdemont na Alemanha.

Numa ação concertada através das redes sociais, centenas de membros dos autodenominados ‘Comités de Defesa da República’ invadiram ao início da manhã a autoestrada AP-7, que liga a Catalunha a França, e cortaram o trânsito em ambos os sentidos, numa ação que decorreu sem violência.

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O protesto durou várias horas e levou à intervenção da polícia antimotim, que teve de retirar os manifestantes um por um e usar os bastões para impedir que reocupassem a via. Não há registo de feridos nem de detenções. Protestos semelhantes ocorreram noutras estradas na região de Tarragona, também sem registo de violência.

Ao final da tarde, o mesmo grupo convocou os apoiantes a "bloquear" a estação de Sants, em Barcelona, mas a mobilização ficou aquém do esperado, com os manifestantes a limitarem-se a dar várias voltas em redor da estação sob vigilância apertada da polícia de choque.

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Já os independentistas radicais da CUP apelaram à "mobilização geral para paralisar o país" através da "desobediência civil não violenta" em protesto contra a detenção de Puigdemont, que se encontra sob custódia policial na Alemanha a aguardar a decisão do pedido de extradição feito pela Justiça espanhola.

De acordo com o seu advogado, Jaume Cuevilla, que ontem o visitou na cadeia de Neumünster, o líder catalão "sente-se com força e coragem para continuar a resistir" e "tem perfeita noção que pode passar um longo período na prisão". Puigdemont apelou ainda à unidade do soberanismo e deixou uma garantia: "Não me rendo na defesa dos meus ideais".

PORMENORES 

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Polícias investigados

A Justiça espanhola abriu uma investigação contra dois agentes dos Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, que seguiam com Puigdemont e outras duas pessoas no carro quando o líder catalão foi detido na Alemanha. Agentes podem ser acusados de encobrimento e omissão do dever de deter o líder catalão.

Ponsatí entrega-se hoje

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A ex-conselheira catalã Clara Ponsatí, que está refugiada na Escócia e é alvo de um mandado europeu de detenção, prometeu entregar-se esta manhã à polícia escocesa, anunciou o seu advogado.

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