Irão revela que vários cidadãos franceses foram detidos nos protestos e vão ser condenados

República Islâmica acusa os adversários ocidentais de terem provocado agitação nacional devido à morte da jovem curda, Mahsa Amini.

16 de novembro de 2022 às 13:38
Irão revela que vários agentes de serviços secretos franceses foram detidos nos protestos Foto: Reuters
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O ministro do Interior do Irão, Ahmad Vahidi, anunciou, esta quarta-feira, que vários agentes, pertencentes aos serviços secretos franceses, foram detidos no país no seguimento dos protestos que têm ocorrido.

A República Islâmica acusa os adversários ocidentais de terem provocado agitação nacional devido à morte da jovem curda, Mahsa Amini, no passado dia 16 de setembro.

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Ahmad Vahidi, revela que "pessoas de outras nacionalidades foram detidas nos motins, algumas das quais desempenharam um papel importante. Havia elementos da agência francesa de inteligência e eles serão tratados de acordo com a lei", segundo informação divulgada pela agência Reuters

A morte da jovem curda e o aumento da repressão das manifestações acabaram por isolar ainda mais o Irão, num momento em que o Governo do país está a lutar para reavivar um acordo militar de 2015 com outras potências mundiais. O Irão tem apresentado, também, uma posição cada vez mais agressiva com a França, detendo os cidadãos franceses, confessou Emmanuel Macron após a reunião do G20 na Indonésia.

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Há uma semana, a ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, mencionou que já tinham sido detidos sete cidadãos franceses no Irão. O enviado especial dos EUA para o Irão, Robert Malley, defende que os países deveriam desenvolver uma resposta coordenada para proteger os cidadãos detidos no país autoritários, podendo utilizar reféns como "moeda de troca".

De acordo com a Reuters, o Irão acusa o ocidente de incentivar a agitação no país, que está a pôr em risco a estabilidade do domínio clerical, que está em vigor desde a Revolução Islâmica que ocorreu em 1979.

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