Irmãos americanos voltam a casa após três anos presos na China
Dois canadianos detidos na China também tiveram permissão para sair.
Dois irmãos americanos, presos durante três anos na China, voltaram para casa depois de terem sido alegadamente associados a um caso de fraude com um importante empresário chinês da empresa Huawei.O regresso foi possível graças à suspensão da "proibição de saída" do país, no seguimento da libertação do empresário no Canadá.
Um porta-voz do Departamento de Estado revelou que os irmãos
voltaram aos Estados Unidos, no passado domingo, depois de os funcionários do consulado de Xangai terem facilitado a partida. Dois canadianos
detidos na China
tiveram permissão para sair depois do país ter libertado o executivo da Huawei, Meng Wanzhou, na sexta-feira, avançou o CBS News.
O porta-voz do Departamento de Estado, citado em anonimato num comunicado sem data, acrescentou que os EUA se opuseram ao uso de "proibições de saída coercivas contra pessoas que não são acusadas de crimes" e continuariam a "advogar em nome de todos os cidadãos americanos na (China) sujeitos a detenção arbitrária e proibições de saída coercivas."
Os irmãos Lius viajaram para a China em 2018 para prestar homenagem à avó que tinha morrido. No regresso aos EUA, as autoridades bloquearam a viagem em todos os pontos de fronteira.
Cynthia trabalhava para uma empresa de consultoria em Nova Iorque e Victor era estudante na Universidade de Georgetown, antes de chegaram à China.
O pai, Liu Changming, é também um dos desertores mais procurados da China. Liu, que fugiu do país em 2007, é ex-executivo de um banco estatal e está ligado a um caso de fraude de 1,4 milhares de milhões de dólares. O advogado dos irmãos alega que o governo chinês os usou para tentar persuadir o pai a voltar para a China, apesar de Cynthia e Victor terem insistido que não tinham maneira de contactar o progenitor.
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