Javali de estimação em risco de ser abatido por ser considerado selvagem. Dona garante que animal não representa perigo

“Porque é que o levariam, se ele é feliz aqui?”, questiona Elodie Cappe.

16 de janeiro de 2025 às 16:05
Elodie Cappe com o javali 'Rillette' Foto: Stephanie Lecocq/Reuters
Elodie Cappe com o javali 'Rillette' Foto: Stephanie Lecocq/Reuters
Elodie Cappe com o javali 'Rillette' Foto: Stephanie Lecocq/Reuters
Elodie Cappe, o javali 'Rillette' e os cães na quinta Foto: Stephanie Lecocq/Reuters
Elodie Cappe com o javali 'Rillette' Foto: Stephanie Lecocq/Reuters
Javali 'Rillette' Foto: Stephanie Lecocq/Reuters
Elodie Cappe com o javali 'Rillette' Foto: Stephanie Lecocq/Reuters

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O javali Rillette foi encontrado em abril de 2023, quando ainda era bebé, a vaguear na quinta de Elodie Cappe, em França. Após duas tentativas falhadas para afastar o animal, a mulher decidiu ficar com ele. Hoje, o destino de Rillette está nas mãos de um tribunal que pode decidir abater o animal, por ser "selvagem" e por Elodie não ter declarado que o tinha na sua posse. 

Rillette joga à bola com o focinho e "convive” com os cavalos e os cães que a dona cria na herdade à qual está confinado. É vacinado e esterilizado e, segundo Elodie, não representa qualquer perigo.

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"Rillette não tem qualquer ligação com a própria espécie. Se o libertar na floresta, ele vai sentar-se no meio da estrada e correr para o primeiro humano que aparecer”, disse a dona, citada pela Reuters.

Foram várias as tentativas por parte das autoridades francesas para retirar o javali da quinta por razões de saúde e segurança, avança a Reuters. No entanto, a dona nunca o permitiu e diz que vai continuar a lutar pelo animal.

“Porque é que o levariam, se ele é feliz aqui e não incomoda ninguém?”, questiona Elodie Cappe, que arrisca apanhar três anos de prisão por incumprimento.

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De acordo com o Le Fígaro, que cita o decreto de lei aplicado a 8 de outubro de 2018, ter javalis selvagens em casa é proibido e apenas permitido quando estes são declarados ao departamento responsável. A mulher tentou, através de procedimentos administrativos, declarar que tem na sua posse um animal “não doméstico”, mas o pedido foi recusado. Agora, um tribunal francês vai determinar se o animal é abatido ou se continua ao cuidado de Elodie, que se recusa a levar Rillette para um centro que cuida deste tipo de espécies. 

O caso começou a chamar atenção de várias associações que defendem os direitos dos animais e até houve um protesto que juntou centenas de pessoas que marcharam pelos direitos de Rillette.

Brigitte Bardot também demonstrou apoio ao caso e escreveu na plataforma X (antigo twitter): “Peço que ‘Rillette’ seja salva... quem são os monstros que a querem matar?”

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