Líder do movimento 'Black Lives Matter' indiciada por fraude e lavagem de dinheiro nos EUA

Dickerson terá desviado 3,15 milhões de dólares para comprar viagens, um veículo e propriedades. Se for condenada, Dickerson poderá enfrentar até 20 anos de prisão.

12 de dezembro de 2025 às 15:23
Tashella Sheri Amore Dickerson Foto: Direitos reservados
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Um juiz federal indiciou a líder de longa data do movimento 'Black Lives Matter' em Oklahoma, nos Estados Unidos, por alegações de que milhões de dólares de apoios financeiros ao movimento foram gastos indevidamente em viagens internacionais, compras de supermercado e imóveis pessoais, avança a BBC.  

Na passada quinta-feira, a líder Tashella Sheri Amore Dickerson, de 52 anos, foi acusada de 20 casos de fraude eletrónica e cinco de lavagem de dinheiro, conforme mostram os registos judiciais. 

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De acordo com a acusação, Dickerson atuava, pelo menos desde 2016, como diretora executiva da 'Black Lives Matter OKC' (BLM OKC), uma organização que aceitava doações beneficentes através de uma parceria com a Alliance for Global Justice, uma organização sem fins lucrativos.  

No total, a organização liderada por Dickerson, arrecadou mais de 5,6 milhões de dólares desde 2020, principalmente de doadores online e fundos nacionais de fiança. Este valor deveria ser utilizado para pagar as fianças de indivíduos presos pelos protestos de justiça racial, após o assassinato de George Floyd por um polícia há cinco anos, alega a acusação.  

Segundo avança a BBC, quando os fundos de fiança foram entregues à BLM OKC, a líder desviou, pelo menos, 3,15 milhões de dólares para contas pessoais e utilizou o dinheiro para pagar viagens, roupa, entrega de alimentos ao domicílio, um veículo pessoal e seis propriedades registadas em seu nome. 

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A acusação alega ainda que ela apresentou relatórios anuais falsos, afirmando que os fundos foram usados apenas para fins isentos de impostos. 

Se for condenada, Dickerson poderá enfrentar até 20 anos de prisão federal e uma multa de até 250 mil dólares por cada acusação de fraude eletrónica.  

A líder partilhou ainda nas suas redes sociais que não pode fazer nenhum comentário oficial sobre o que aconteceu, "estou em casa, estou segura, confio na minha equipa". 

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