Líderes europeus reuniram-se em Paris para discutir Guerra na Ucrânia após aproximação de Trump à Rússia
Reunião irá considerar "as garantias de segurança que a Europa e os americanos podem dar, juntos ou de forma separada".
Os líderes europeus reuniram-se de emergência em Paris, França, após a administração Trump ter anunciado que iria falar com a Rússia para pôr fim à Guerra na Ucrânia.
O presidente francês Emmanuel Macron disse que a reunião de Paris irá considerar "as garantias de segurança que a Europa e os americanos podem dar, juntos ou de forma separada".
Os líderes da Alemanha, Reino Unido, Itália, Polónia, Espanha, Países Baixos, Dinamarca e da União Europeia estiveram no Palácio dos Eliseus, na tarde desta segunda-feira, para uma conversa sobre a segurança na Europa. O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também esteve presente.
Apesar dos vários indícios que Donald Trump deu antes da reeleição nos EUA, os líderes europeus tinham esperança que o presidente americano ficasse do lado europeu contra a Rússia em relação à Guerra na Ucrânia. Mas vários discursos do vice-presidente americano JD Vance e do secretário da defesa Pete Hegseth colocaram em causa o compromisso da Europa com a segurança e princípios democráticos.
A decisão de Trump de falar com o presidente russo Vladimir Putin para pôr fim à Guerra na Ucrânia foi a gota de água para os europeus, levando à convocação da reunião de emergência. Washington deu a entender que a Europa terá de parar de depender dos EUA em assuntos de defesa e segurança.
O governo alemão disse que "não se vai intimidar" e irá contribuir com tropas, mas não se espera que nenhum acordo concreto seja assinado na reunião desta segunda-feira. Tanto o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, como o governo holandês afirmam que também poderão contribuir caso exista um mandato claro e, no caso dos holandeses, uma promessa de apoio dos EUA se houver alguma escalada no conflito.
Contudo, a Polónia, vizinha da ucrânia e terceira força militar mais forte da NATO, anunciaram que não irão enviar tropas. Espanha afirmou ser demasiado cedo para discutir essa opção.
Pouco antes da reunião, o presidente francês Emmanuel Macron falou ao telefone com o presidente americano Donald Trump, mas os detalhes sobre a chamada de 20 minutos não foram divulgados, segundo a agência AP.
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