Líderes separatistas da Catalunha indultados deixam prisão
Os sete homens e duas mulheres libertados pelo perdão do governo espanhol reafirmaram as suas convicções e prometeram continuar a lutar pela autodeterminação catalã.
Os nove líderes separatistas detidos por causa do referendo ilegal de 2017 à independência da Catalunha saíram esta quarta-feira em liberdade, depois de entrarem em vigor os indultos aprovados no dia anterior pelo governo do PM espanhol, Pedro Sánchez. Como se esperava, foram recebidos em festa e reiteraram o seu compromisso com a luta pela autodeterminação catalã.
“Que ninguém se engane, a repressão não nos venceu nem nos vencerá”, afirmou o ex-presidente da ANC, Jordi Sànchez, durante uma receção-comício, na qual marcou presença o presidente do governo catalão em funções, Pere Aragonés. A mensagem foi reforçada por Jordi Cuixart, presidente da associação Òmnium Cultural, outro dos libertados, que frisou: “Voltaremos a fazê-lo.”
O ex-vice-presidente do governo catalão Oriol Junqueras, condenado à pena mais pesada, 13 anos, resumiu tudo ao dizer: “A prisão não nos verga, reforça as nossas convicções.” E num tom mais construtivo, mas com uma crítica à judicialização do caso, frisou: “Saímos com o compromisso de trabalhar pela política, para fazer o que nunca devia ter saído da política.”
A mensagem foi também enviada além-fronteiras com um cartaz onde se lia, em inglês: ‘Liberdade para a Catalunha.’
A primeira libertada foi Carme Forcadell, ex-presidente do Parlamento, e outra indultada, Dolors Bassa, sublinhou ao deixar a prisão que os perdões “são um primeiro passo que abre a porta à política”.
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